Sean Astin foi muitas coisas mas nunca deixou de ser um Goonie. Vê-lo a passar esse testemunho, dum mapa pirata para um mapa subterrâneo tem tanto de nostálgico como de verdadeiro. Os novos putos são afinal reais. Estranha coisa, esta de tamanho hype sincero, volto a espreitar debaixo da cama, armário, olho lá para fora, mas é, é de facto: a segunda temporada de Stranger Things é de novo um feito. Um incrível e disciplinado tomo de fantasia. Uma lição. No seu todo, não se deixa deslumbrar com as armadilhas de mais e melhor, mais e maior, que afligem as nossas vidas cgizadas. Não, flui na ameaça apresentada no primeiro, acrescenta, amplifica mas sempre dentro daquela cidade, daquele conjunto de personagens. Mesmo as adições sabem qual o seu lugar, deixando em aberto possíveis ganchos para o futuro, como o casal de "irmãos". No individual não esquece nunca o humor, os laços e a saudade. A mitologia, certo, certo, referências disto e daquilo, mas já lá, já no seu próprio universo, do taco, do demogorgon, da Eleven, tudo isso deixou de ser estranho e passou a ser deles. Entranhou-se. Encaixou-se numa das segundas temporadas mais orgânicas e coerentes de que me lembro. Sim eu sei, o episódio 7 e tantas outros enchidos. Faz parte do seu próprio charme, do ser humano, perdendo-se rapidamente se pensarmos na conclusão maior: aquele barco com o tesouro virou e é hoje um mundo invertido.
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