Spider-Man: Homecoming, ao contrário do que nos tentaram exaustivamente vender, começa sem amarras. Com suas teias fresquinhas, logo a reinventar a cena do último Capitão América e a tirar a água do capote. A descartar aquele cansaço que foi, aquela enxurrada de personagens, teasers, introduções e trambolhões. Hoje não, hoje é este puto, a pedir com graça que voltemos a acreditar nos super heróis. Ironia das ironias, já ninguém acredita, já ninguém tem pachorra. Ele sabe disso, ou não fosse ele protagonista daquela deliciosa cena, de toda aquela frustração. Bestial, assim como o vilão, um Michael Keaton sempre seguro a segurar intenções humanas e não a eterna parvoíce de controlar o universo com a merda dum anel ou um rubi, ou um anel de rubi. Para te levar ao concerto que havia, bem vocês sabem. O problema, é que mais ou menos a meio, talvez mais perto do último terço, o filme se descarte de responsabilidades, do verdadeiro "baile de finalistas". O próprio twist é arrastado para o final de forma a evitar o confronto e a problemática: ou seja pedem-nos que sejamos homenzinhos mas depois acabam por nos dar apenas carrinhos e bonecos de brincar. E havia lá mais, bem mais.
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