Um daqueles filmes clássicos. Nunca visto. Um gajo com tomates diz logo: nunca vi. Mas há quem não queria deitar tudo a perder. Vale a pena estragar a relação, anos e anos de reputação, de amor cinéfilo por uma tonteira, por uma falta de tempo? Então o nunca vi transforma-se em: nunca vi todo. Como se o facto de ter visto um pedaço já perdoasse, já lhe desse o passaporte para o cargueiro da sapiência. Por último, a mentira pode ainda atingir um último estágio de transformação, o final, a garantia mais que certa de aplausos e linguados: já vi mas não me lembro.
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