quarta-feira, 29 de julho de 2015
Ainda para mais nem tem o Joaquim de Almeida
Até que sim. Ainda para mais viveu-se há bem pouco tempo. O vídeo de apoio à selecção arrepiava. E é de contar, muito, para nunca esquecer. Vai na volta, Banderas, e amigos, vocês sabem que eu mamo bem um Banderas. Fui ver o Assassins ao cinema e tudo. Vai ainda mais na volta e Lou Diamond Phillips. E os sentimentos dispersam-se, oh diabo. Fiquei estranho. Vai na volta final Rodrigo Santoro. Foda-se, assim não. Quantas vezes é preciso explicar que não, não e não. Saía assim tão mais caro contratar um ator? Estaremos assim tão escravos dos mesmos "latinos"?
Sem Val Kilmer que lhe valesse
Aquele dentista, para além de um grande carote de sondagem cu adentro, merecia levar agora com os leões do Caçadores na Noite, sem trela.
sábado, 25 de julho de 2015
E tem a Cassie Scerbo que é bem boa
Não acredito no tão mau que é bom. É tão mau que é mau. Tão mau que é ainda pior, horrível, indescritível. O twist é que precisamos destes descalabros nas nossas vidas. Para manter bem equilibrado e atualizado o processador dos dados. Sharknado 3: Oh Hell No! é isso tudo. Mas ainda mais retorcido, que nem malino pesadelo: Mark Cuban presidente dos EUA, Bo Derek mãe da Tara Reid, Tara Reid com uma mão motosserra, David Hasselholff pai do protagonista e também astronauta, protagonista que vai ao espaço e entra na atmosfera dentro dum tubarão. Motosserra sabre de luz. Parece fácil, mas misturar tal salganhada de chungas, numa tal salganhada de referências e acrobacias é obra. É de facto obra, mazinha como as cobras, mas absolutamente necessária.
terça-feira, 21 de julho de 2015
Sim, a cena de abertura
Aquela linha do esperma na cara e da droga em forma de pila, não é de todo para a minha caneta. Ou, surfando e aproveitando o calor, num chavão bem mais banalinho, não é todo a minha praia. Porém, o sacana do MacFarlane tem vindo aos poucos a laçar minha atenção, e eu, cavalo selvagem, lá vou sendo acarinhado. No meio de muito esterco, Ted 2, tem maravilhosas ideias de comédia, não só ideias mas verdadeiros momentos. Que resultam, vivem e respiram, não só a história, não só o género mas toda uma incrível - e harmoniosa - mixórdia cultural. É um olhar de quem viveu os 80s e 90s mas é também um olhar de quem esteve cá ontem, atento, construindo e reconstruindo, sem problemas nem merdices. Não é qualquer um que saca uma homenagem destas. Não ria assim há muito muito.
As caça piadas
É bonita a homenagem. Claro que é. O problema com esta moça, e com todas as outras comediantes americanas, está mesmo na saga: é o ataque dos clones. São todas iguais, no estilo, no peso, nas temáticas, nas problemáticas, no filme que vende muito, no resto da carreira sem piada nenhuma. Mas pronto, vamos ver o lado brilhante da coisa, ao menos já temos mais um cabaço para o Ghostbusters 2. Oba oba.
segunda-feira, 20 de julho de 2015
Vamos fazer amigos?
Há ali qualquer coisa. Found footage. Todos os anos, às dezenas, e todos os anos ajeitamos os brincos, fingimos pouca paciência, estamos fartos, estamos fartos. Não estamos, de facto, porque há ali qualquer coisa. Como as moscas e a luz, antes de fritar. E enquanto alguns precisam de longos períodos de recuperação, outros balançam, justificando tal pujança do estilo dentro do género. Creep é esse brilharete, um espectáculo a dois que mete real medo. Impressionante papel de Duplass, fora do seu registo, ajudando para construir a questão: e há algo mais assustador do que a dúvida? Um dos melhores horrores do ano.
terça-feira, 14 de julho de 2015
Merdas que me irritam mas que eu até gosto
Versões acústicas de grandes êxitos musicais. Aquelas gaiatas do Scala, normalmente. Normalmente para subir o drama, acentuar a tensão. No último Avengers e no San Andreas usaram esta técnica que voltou a ser repetida em Suicide Squad, com uma maior eficácia. Na televisão Homeland e Hannibal com esta mesma gracinha. Lembram-se de mais exemplos?
Os moucos indignados
Malta muito zangada, de cabeça em chamas. Então não é que as exibições, em primeira mão, de um leque variado de imagens promocionais na Comic Con foram filmadas e colocadas na internet?! Foda-se?! A sério????????? Mas a sério mesmo???????Ah como é que é possível, que falta de respeito, ah e tal mais não sei o quê. Ao que eu, acalmando tal surpresa, pergunto: mas esta malta é toda deficiente mental? Vivem em que mundo, em que século? Que cérebro diarreico é que calcula a exclusividade do que quer que seja nos dias que correm? É este estábulo que acorrenta a indústria, que não a deixa realmente procurar novas respostas. Ah mas os efeitos ainda não estão bons, e mais não sei quê. Que se foda pah. Passem primeiro lá e depois mostrem ao resto dos comiconistas do mundo. Aceitem as coisas como são, nós vamos ver à mesma, a chover ou de écran limpinho, com formigueiro ou vidro cristalino. Chama-se a isso ser fã, palhaços.
sábado, 11 de julho de 2015
Calma calma, não, não empurrem, calma calma
Malta a apertar, tudo a empurrar e eu contra as grades: calma malta, foda-se tenham calma, o trailer é bom mas lembrem-se. Grito como a tentar inverter um feitiço: lembrem-se o trailer do primeiro também era espectacular, também ficámos todos assim na altura. Não adianta. Partem-me a cana do nariz e esmagam-me a rótula. Desisto, aqui fica então o novo Snyder.
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Estações
Tão útil como a reportagem da SIC "O que tem o Porto para Sara Carbonero?", Secret in Their Eyes é o remake de El secreto de sus ojos, o tal, do Campanella. Bonito o sacana, lembro-me essencialmente disso, de uma belíssima narração de amor, de velhos adeus. E claro - foi talvez aí que o meu coração parou - a música. Quem é que não parou já lá...
Textinho sobre o Cargo com final meio armado aos cucos
Procuramos a singularidade, saliência que diferencie a superfície plana. O bla bla bla de mais uma nave e mais uma humanidade em vias de extinção. Bom ambiente, boa fotografia, bons atores. Falta a Cargo aquele toquezito, que o salvasse do alguidar das soluções comuns. Ou em 2009, a frescura seria outra? Os olhos serão assim tão escravos do tempo?
terça-feira, 7 de julho de 2015
A Catarina bem avisou
Olhem eu a citar os últimos TCN: nos últimos TCN, a Catarina, quando venceu a Melhor Crítica de Cinema pela La vie d'Adèle, sublinhou a necessidade. É importante ser visto, porque é a vida, é a vida. Disse antes de voltar ao seu lugar. Na altura pensei nisso, depois passou, lá misturado nas outras notas e referências. Quando finalmente parei no azul, aí sim, de novo o aviso, e sua urgência. Desarma. Não as cenas de sexo ou a saliva, desarma porque é de facto isto. Aqui ao lado, ontem, no outro dia, comigo, contigo, a ir embora ou a chegar. A música é de facto esta, e não se explica tamanha intimidade. Vive-se, vive-se.
É que o primeiro é uma bela malha
A par com a Grécia, outra questão quente: devo ou não ver a sequela (um bocado falsa) de Grave Encounters? Votar aqui ao lado.
sábado, 4 de julho de 2015
"A vida nunca envelhece"
O Apatow bem podia dar aqui uma saltada. Uma humilde saltada de lápis na orelha e ouvido bem aberto. Ia de certeza encontrar um mundo mais parecido com o mundo. Mas o seu novo, lá tem a gorda adulta cachopa com problemas de conexão, que só quer é pinar, e possivelmente tem uma amiga que fuma muitas ganzas. While We´re Young, longe de ser um grande filme - está muito nos moldes denunciados - apresenta uma visão bem mais refrescante dos quarentas. E do que é crescer, especialmente hoje. Onde as gerações se baralham e trocam de lugar, de material - como se ciclicamente não existisse mais era de ninguém.
Mas como é que o amor amor consegue desligar a televisão para ligar antes a ti amor?
Adria Arjona e Leven Rambin (True Detective)
Portia Doubleday (Mr. Robot)
Gemma Chan (Humans)
Emma Ishta (Stitchers)
Hannah John-Kamen (Killjoys)
sexta-feira, 3 de julho de 2015
No outro dia, na Antena 3, o Alcobia disse Sarah O'Connor
Nos, relativamente jovens, programas de música há um cliché da crítica que vai na volta, volta. Tu não sentiste a música, ou, como eu gosto mais, tu não percebeste nada do que estavas a cantar. Índice negativo, indicador de que não, não. Assim o problema maior de Terminator Genisys: Alan Taylor tu não percebes um corno do que estás a contar. O que torna o sucedido num acontecimento ainda mais frustrante.
Escusado será dizer que este parágrafo contém spoilers numa frequência parecida aquela com que o cavalheiro ao meu lado arrotava a Cola, ou com que a pita atrás de mim gritava histérica, gritos muito engraçados de quem nunca tinha visto nada da saga. Começando pelo bom, Arnie e J. K. Simmons, a velha guarda. O primeiro num claro tom de paródia reflexiva, como tem feito de forma incrível desde muito cedo na sua carreira, repensando o seu papel nas coisas e, na maior parte dos casos, salvando o dia. Mantém o nível, a pinta, as deixas e a comédia, tudo nele. O segundo é daquelas adições que me fez suspirar pela saga, por aquilo que ela realmente representa nas suas curvas e perigos. Porque a premissa é de facto boa: uma timeline paralela onde as coisas não são mais o velho escrito. Gostei dos flick flacks, volta e depois regressa. Eu estava até embeiçado, bora lá, bora lá.
Depois o erro. Tipo pescada, que antes de o ser já o era. Promover de antemão a transformação do John Connor, como se houvesse mais alguma na manga. Não há. E é aqui que entram as caralhadas. Até 1984, tudo bem. estão lá todos e tal, do género manhã da Comercial, mas porreiro. Venham mais. Depois viajam para 2017 e aí aparece o salvador, que agora é mau e engenheiro, e, e, e, pronto acabou. Foda-se. Depois começam as questões, que são muitas, mas lido bem com algumas pontas soltas. Agora, não explicar quem enviou o T800 para proteger a Sarah Connor é não reconhecer este tomo como filme, é tirar-lhe qualquer crédito e valor: pois isso sim é a génese. É a razão do novo rumo, do novo futuro, do novo.
A todas as perguntas, que em todo o lado acabam por cair na especulação e ficarem mal respondidas - os argumentistas dizem que estão a guardar tudo para os próximos, pois bem: vão levar no cu - junta-se um acting impossível de descrever por palavras. Minha mãe do céu, sai um workshop de representação para a mesa do canto, é que nem no Mar Salgado se praticam tais "rostos número 2 de aflição". Onde está a rijeza, o suor, o sebo. Em lado nenhum, e mais fácil de sentir, é pensar na cena do parque infantil, no T2, com os rostos, as caras a caírem em cera, e depois ver o início deste TG, à San Andreas. Acredito que numa timeline diferente, onde o argumentista não é um gibão, existe de facto um filme bastante capaz.
quarta-feira, 1 de julho de 2015
Da Pixar e dos Piratas
Em 1985 Richard Donner prometia a uma série de miúdos a imortalidade, para sempre Goonies. Sempre nessa memória, como fotografia que os anos foram, de forma quadrada e cinzenta, pisando. Merda para as hormonas e seus pêlos pesados. A infertilidade da mãe ideia também ajudou. Vemo-nos sós, mas não perdidos, pequenos redutos vão segurando as pontas do mapa, porque o X continua de facto lá. A Pixar é um desses pilares, que ao longo das nossas dores - com os inevitáveis altos e baixos - nos vai fazendo acreditar. E Inside Out é essa epifania. O mais arrojado, mais complexo e mais genial filme do estúdio (e de animação) até à data, aventura-se nos sentimentos, sem vilão nem bicho papão. Aventura pela aventura, nos mais incríveis mecanismos da mente, desmontados até à mais pequena pincelada, tudo cheio de nós: e que cena incrível a do pensamento abstracto, como, que par de tomates tão grande. Não é para estes miúdos, dos 6 aos pequeninos, é para nós malta, os Goonies.
Mitologias
Nem bêbado. Nem naqueles momentos bêbado, já do cuspo e do mar enrola na areia. Nem aí conseguiria inventar um filme onde o filho do Apollo ia ser treinado pelo Rocky. Mas que argumento do demónio, e que nova mitologia inesperada. Quanto ao outro trailer do dia, London Has Fallen, já não precisei de beliscão, já me tinham espetado a bomba nos cornos. É uma espécie de Die Hard dos pobres, que até tem realizador falso na sequela e tudo. Para cima dos gajos Babak Najafi.
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