Tem aquela cadência de filme da vida, pesadão. Demasiado longos, os planos, sem qualquer requinte na fotografia, concluindo no pântano do desnecessário. Por outro lado, esta secura de quem corta fiambre, resulta na incapacidade da resposta. Não se procuram grandes porquês ou justificações. Elas talvez existam em grande escala, ou não fosse o final um urro patriota, mas na intimidade ficamos burros. E aí sim Foxcatcher conquista e amedronta. Suportado por um Carrell fora de série, não na maquilhagem, que isso é carnaval, mas no resto, que é todo um inesquecível trabalho de ator. O corpo, e o olhar. Porra aquele olhar, descaído e vazio, em contenção absoluta, que nos faz provar a impotência de quem nunca conseguirá ler um ser humano.
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