Pior que o fenómeno filme, é o fenómeno atenção. Sim, confere, estou aqui e esta é mais uma tentativa a juntar à pilha. Ao que o Ferreira chegou, dizem os sábios do bigode. Também tenho contas para pagar oh farfalhudos! A questão é que o filme tem sexo, ou proclama ser sexo. E o cinema não tem sido generoso com o coito. Quantas cenas de sexo vimos no grande écran nos últimos 10 anos? Pipoca, sala cheia, e tudo a que temos direito. Quantas? Sexo, sexo, não as tretas cheias de roupa. Quantas? Não tantas como os anos, de certeza. Já não se fazem para o grande público, o instinto fatal morreu, viva ao instinto fatal. Ao invés - e aqui é que a coisa ganha piada - estes êxitos polidos, que dão a falsa sensação de atrevimento, sossegando e apaziguando. A ousadia da ditadura comercial. Suportada claro está por uma, ainda mais inexplicável, atenção mediática. Muita gente, filas, bilhetes esgotados. O último filme do Vasconcelos também foi um enorme sucesso: onde estavam as análises? Onde estavam as reflexões sobre a solidão e abandono da terceira idade? Pois, não estavam, porque isso, ao contrário duma palmada no rabo, aleija a valer.
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