Hoje para se ir à música tem de se ir à bola. Vão se apagando os pequenos fogos e as salas fechadas, para albergar constelações imensas. De músicos e pessoas. Cardápios de canções e de estupidez, tudo a orbitar o mesmo espaço, sedentos de luzes, cachorros e prémios. Mega giga super recintos onde cantar é o barulho de fundo, vomitado na pressa ou no grito vizinho. Os grandes, a engolir tudo, como as pipocas e o grande écran. Eles gostam, e compram packs, e vão em manada, como é barato, pensando aprender ou desfrutar alguma coisa. Nas grandes cidades. Ai as grandes cidades. Daí ser tão bom ver um pequeno lugarejo como o concerto do Úria. A tocar para nós e nós a ouvir para ele.
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
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