A minha máscara de optimismo, escondia obviamente, muitas rugas. Em silêncio, digeria preocupações, duvidava dos seus efeitos visuais e acreditava na possibilidade de ser apenas mais um episódio da semana. Os maus tratos rebootianos da última década dão nisto.
Mas não, não não não caraças! Final Destination: Bloodlines é a entrada que precisávamos: revigorante, irreverente, irresistível. E surpreendentemente circular na sua proposta: o caminho de ferro no início, o carro que passa para um lado, o caminho de ferro no final, e o carro que passa para o outro. A moeda, aquela moeda, com os seus percursos inusitados e irónicos. Esta ironia do fado, da "morte correr na família", resulta num tom divertidíssimo - desde as músicas até a algumas revelações novelescas - e num mecanismo que reformula por completo a saga. Permite dar mais força ao conjunto e ao individual, sem nunca esquecer as suas regras base, do quem é a seguir e de como é que te safas, oferecidas numa despedida emocional de Tony Todd: I intend to enjoy the time I have left. And I suggest you do the same. Life is precious. Enjoy every single second. You never know when... Good luck. Boa sorte e que venha o próximo.
Mortes favoritas: O início, que é ele próprio quase uma curta metragem. E claro, a delirante cena do hospital.
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