Festinhas no trigo queimado
- Olhe Russel Crowe já não há, mas temos Paul Mescal, metade do carisma, metade do jeito mas também metade do preço. Quer levar?
E assim foi. Da horta para o Coliseu. Não sou o maior fã de O Gladiador, mas se tiver a dar uma batalha fico a ver. Reconheço o seu crescendo, a sua surpresa e a sua eficácia num género que andava moribundo. O que acontece neste regresso, à luz das novas sequelas legado, é a total vandalização desse património. Um argumento clonado que, apesar de bem intencionado nos seus jogos de poder, procura fazer demasiados malabarismos com demasiadas personagens, suportadas por um elenco francamente inferior. Falta a construção de um herói, falta aquele beco sem saída que é a vingança; Crowe tinha isso, no seu andar, na sua voz, na sua liderança. Aqui tudo isso se evapora e até as festinhas no trigo têm de ir ser resgatadas do original. Um pequeno atentado.
Comentários