segunda-feira, 24 de junho de 2024

Alterações netflixmáticas


Falava com o João, ao almoço, de como a Netflix - e plataformas em geral - se têm apropriado dos nomes. Aos poucos, os filmes deixam de ser daquela pessoa e passam a ser daquele monopólio. O que acontecia já com as séries chega a este cinema de plataforma, encaixotado no catálogo "o que ver a seguir". Por outro lado é neste "Quem quer ser John Netflix", que os autores encontram poiso para os seus trabalhos e podem continuar a filmar. Este Sous la Seine é um óptimo exemplo disto: não é o último filme do Xavier Gens, é o filme de tubarões da Netflix, já a obra mais vista no segmento dos 14-24 anos às quintas-feiras depois das 20h15. Não sei quem ganha aqui. Por um lado é pôr um autocolante por cima e vai tudo a eito. Por outro, é forma de relembrar filmografias menos faladas e ver finalmente o Frontière(s), por exemplo. O que é que vocês acham?

Em relação ao filme, gostei da cidade e suas catacumbas. Sítios reais que depois não casam com os efeitos de segunda linha e as piruetas daquele tubarão fêmea. Algumas cenas com piada - como a dos nadadores - mas falta assumir o divertimento e o massacre, como tão bem executou Alexandre Aja no seu Piranha 3D. Leva a sua patetice demasiado a sério. E assim resta-nos esperar pelo Sous la Seine: Dominion. Onde o mundo fica cheio de tubarões e depois os nossos protagonistas vão a Malta andar de mota de água e acabam num complexo aquático de uma multinacional cheios de gafanhotos. Gafanhotos do mar, claro.

quinta-feira, 20 de junho de 2024

Diz adeus ao par de trombas

Naomi Scott, a única princesa da Disney que já foi Anjo de Charlie e Power Ranger. Ou a única Power Ranger que já foi princesa da Disney e Anjo de...bem vocês perceberam. Metam o favorito em primeiro. Certo é que esta tríade vencedora entra agora no segundo capítulo da (aparente) saga Smile, que para além de ter aqui um fã tem também um belo poster. O Halloween 2024 acaba de ficar mais interessante.

terça-feira, 18 de junho de 2024

Canções com filmes - I Miss You (blink 182)




We can live like Jack and Sally if we want
Where you can always find me
And we'll have Halloween on Christmas
And in the night, we'll wish this never ends
We'll wish this never ends

sexta-feira, 14 de junho de 2024

Nalgas: The Awakening

Ainda não vos tinha dito mas as Nalgas voltaram. Cortámos os três o cabelo, para se perceber que estamos mais velhos, como a Zendaya fez no Challengers, e mudámos de nome. Agora somos só e apenas Nalgas do Mandarim. Mais apurados. Como um bom vinho; só falta a nova imagem ser um desenho duma criança, como a Herdade da Malhadinha. E enquanto 2025 não chega - ano em que iremos celebrar uma década de vida, em princípio com a primeira Feira Medieval das Nalgas - temos novo episódio, que, como de costume, é um valente fartote.

quinta-feira, 13 de junho de 2024

Não tem é padres biólogos, como o outro

Conhecem aquela música dos Pólo Norte: Se eu voltasse atrás, Por minha vontade, Trocava alguns anos desta vida, Por um só dia na tua idade. Pois bem, eu trocava maior parte dos terrores desta carreira de espectador borradinho por um só frame deste The First Omen. Podia ser este, quando ela acorda. E que me lembra tantas outras obras das quais não me consigo lembrar. Esta primeira longa de Arkasha Stevenson - que já tinha espalhado magia nas séries Brand New Cherry Flavor, Legion e Channel Zero - tem esse dom: de nos lembrar muito cinema, desde Argento a Carpenter, mas de no final sair por cima, em belíssimos quadros de horror e angustia. Um dos filmes do ano.

domingo, 9 de junho de 2024

A vossa máscara não me é estranha

Renny Harlins no caminho? Vejo-os todos. E um dia ia dar nisto. Juro que pensei que este The Strangers: Chapter One era prequela de origem, descrevendo como é que esta grupeta de psicopatas se tinha juntado. Até apostava num daqueles twists em que depois uma das vítimas se tornava também uma "estranha" no final e o filme fechava com ela a comprar uma daquelas máscaras no Centroxogo. Afinal não, é só mais um reboot frame a frame do original. Desinspiradíssimo, nas interpretações, nos tempos, nos sustos. Seria de esperar pelo menos a experiência e a visão de alguém como Harlin. Mas foi tudo terraplanado. Tinha sido muito mais interessando manterem o conceito base mas darem-lhe uma nova volta, como fizeram recentemente as sagas Wrong TurnParanormal Activity. Ainda para mais é uma trilogia ou seja estamos entalados com mais dois filmes. Pode ser que o pior já tenha passado, copo meio cheio, sempre o copo meio cheio.

sexta-feira, 7 de junho de 2024

As reviravoltas do universo aranha

Intitulava-se "O bom, o mau e a antecipação". Focado no universo aranha. Não é nesse, é mesmo no universo de filmes de terror com aranhas; sem os linguadões de pernas para o ar. Pronto, então, o bom ia ser o Vermines, o único que tinha visto na altura que engendrei o título. O mau ia ser o Sting e a antecipação o remake do Arachnophobia. Só que a vida está cheia de surpresas e afinal o Sting é mais ou menos. Armei-me em Nostradamus fanfarrão e esta história de uma miúda que adopta uma aranha alienígena tem algumas picadas dignas de registo. Gore e asco necessários para um filme de criaturas; o crescimento da antagonista acompanha bem a expansão dos outros inquilinos no prédio e o mecanismo Alzheimer é usado de forma inteligente para duplicar o medo. Por outro lado as interpretações não são as melhores e desperdiça uma boa analogia (na banda desenhada) para fortalecer as suas teias. Conclusão, se a vossa religião só vos deixar ver um filme de aranhas fodidas este ano vejam o Vermines. Se não tiverem restrições, não ficarão mal servidos com uma sessão dupla. 

Então e o Arachnophobia? Ah pois é. Ia acabar o texto, até porque tenho um suflê de peixe para fazer, mas posso ficar mais umas linhas. Ao que tudo indica é sequela de legado, produzida por James Wan e realizada por Christopher Landon, daqueles filmes simpáticos onde ela morre todos os dias. Não tenho muito mais informação para vos dar. Possivelmente vamos ter direito ao Jeff Daniels em modo Bill Pullman no Independence Day: Resurgence, já velho e senil, "ninguém acreditou em mim!", e depois o neto, mais os amigos, que descobrem um velho barracão, e mais não sei quê. Ah e claro, muitas, mas mesmo muitas, aranhas em CGI.

quinta-feira, 6 de junho de 2024

A estrada da Furiosa

Ainda não li nenhuma crítica ao Furiosa que não fale de Fury Road. Até eu, ao dizer que não li nenhuma crítica ao Furiosa que não fale de Fury Road estou a falar de Fury Road. E esta apendicite pode de alguma forma prejudicar um filme que se serve bem sozinho. Vira o disco e toca outra merda completamente diferente: outro tom, outro ritmo. Miller agarra numa figura cheia de carisma e oferece-lhe um era uma vez; o épico arriscado que ela merecia. Num cenário tão rico em personagens que parece que nunca saímos da luxuriante floresta. O Pedro (Cinemaxunga) a meio do filme disse-me que aquela trupe só podia mesmo existir ali, e de facto é verdade. Há tanta energia e tanta cor nesta malta que qualquer um deles nos podia levar pela mão aos recantos da Wasteland: desde a Mary Jabassa (a mãe de Furiosa), passando pelo  Praetorian Jack (beijaria), até ao Scrotus (o outro filho de Imortan Joe) ou a Elsa Pataky em dose dupla. Esta segurança, onde qualquer um pode assumir o volante e seguir noutra direção, torna esta saga num objeto único. Especial e imersivo, onde, sem travões, temos a certeza de que não nos iremos perder. 

quarta-feira, 5 de junho de 2024

Acho importante o novo Governo ter mantido estes pontos de saída da Matrix. 
Sempre dá para ir jantar a Zion de vez em quando.