Dez anos depois decidi voltar a casa. Àquela Murder House, cenário e título da primeira temporada de American Horror Story. Sólida proposta que rapidamente perdeu energia: vi o Asylum e o Coven mas não passei dos primeiros episódios de Freak Show. Uma salganhada visual, demasiado extensa que se perdia no seu próprio reflexo. Depois disso ainda vieram mais cinco e só não foram seis por causa do covid. É impressionante como esta saga de horror virou uma espécie de Anatomia de Grey que insiste em não ter fim. De certeza, suportada pelos seus autores e por uma legião de fãs que não pode ser pequena. Posto isto, ao dar de caras com uma espécie de spinoff meta, American Horror Stories, onde cada episódio é uma história autónoma - a antologia a parir antologias - decidi abrir a porta. Claro, que devia ter estado quieto. Primeiro, porque o susto inaugural acontece não em um, mas sim em dois episódios (batota). Segundo porque regressa à mansão assombrada do início e ao fato de borracha (cansaço). Terceiro e último, porque continua mauzinho mauzinho (suspiro): os atores, especialmente a protagonista, não cumprem os mínimos; os truques, uma década depois, são exatamente os mesmos; a cinematografia perdeu toda a graça, toda a identidade; e a sopa de tons não nos deixa sentir o mínimo de terror/tensão/emoção. Feito. Quem sabe em 2031, volte para a terceira ronda.
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