Há sempre um vidro ou uma parede neste purgatório Van Santiano. Enquanto que em Elephant (o meu favorito) erámos mochila nas costas das personagens, saltitando nos corredores, entre umas e outras, aqui somos espectros, mirones, a assistir silenciosos ao fim do mundo. Frios, como a mansão degradada de altos tectos que acolhe este organismo cambaleante. Não é que eu não fique encantado com as longas sequências, em especial com aquele delicado zoom out enquanto ele toca, a questão é queria francamente fazer parte destes últimos dias. E nunca consegui.
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