Começa hoje o Ciclo " Mas afinal o que é que não viste do Gus Van Sant?", que pretende, desconstruindo um pouco o seu complexo título, levar-nos aquelas obras do mestre que eu ainda não vi. Começando por um daqueles empurrar com a barriga dos anos 90, quando os cartazes apareciam nos jornais, a preto e branco, para serem recortados e guardados em dossiers. Fui deixando passar e depois desapareceu, com o vento. Até hoje. E é engraçado contrastar a ideia que temos do filme - com tudo o que fomos lendo, vendo - e depois a obra propriamente dita. Como a voz de uma pessoa que nunca vimos. Neste caso alguém totalmente distinto. O que fazia como um thriller erótico de ascensão mediática acaba por ser uma inventiva sátira local baseada num caso verídico (agora já sei quem inspirou o I Tonya). Uma comédia negra salpicada de entrevistas, a cair para o falso documentário, a aproveitar-se duplamente das suas personagens e a apontar a câmara inúmeras vezes para nós. Para além de uma Nicole Kidman de corpo inteiro - aqueles monólogos com a câmara são arrepiantes - uma das coisas que mais gostei, e que levo, é a clara fotografia de uma comunidade, de uma galáxia fechada, que impede saída até à mais inteligente/cruel/tresloucada das estrelas.
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