Uma coisa, não, a coisa que mais gostei em The Shape of Water foi o corpo e o sexo. Ainda há pouco tempo falava com o Pedro de como estas novas figuras blocksbusterianas das Marveis e afins são seres totalmente assexuados, presos em ímpetos infantis de governar o mundo. Sem hormonas. Del Toro desarma os seus personagens destes requisitos e assume-os como são. Devolve ao quotidiano a vontade, o prazer, o orgasmo. Só isso, só aquele início, aquela perna na borda da banheira, devolve-nos um certo respeito. Para além disso tem um vilão a apodrecer. Quem não gosta de um sacana em decomposição, ainda mais se esse sacana for o Michael Shannon. Sim, sim, tive alguns problemas com os tempos, com o modo como os actos estão divididos. Senti um desequilíbrio na construção da história de amor, nesses primeiros confrontos e encontros. Faltou ligação. Mas falhando e acertando é uma fantasia - linda de música e fotografia - que nos olha nos olhos e que, acima de tudo, nos leva a sério.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
-
no continente: um shampoo fructis anti-caspa, meia dúzia de víveres e o lord of war por 1,89€. * [ps (mais bizarro ainda): na compra de 2 ...
-
Dia Normal : acordas, vais para o trabalho, trabalhas, almoças, trabalhas, vais para casa, jantas e adormeces. Dia Michael Bay : acordas, va...
-
We can live like Jack and Sally if we want Where you can always find me And we'll have Halloween on Christmas And in the night, we'l...
Sem comentários:
Enviar um comentário