Há uma cena - para mim uma das mais incríveis e violentas cenas deste ano - em que vemos pai e filho, à distância, num parque de estacionamento. O mesmo plano, os mesmos metros, como se fossemos obrigados a assistir sem vidro mas com cinto. A estar longe mas dentro, impotentes. E nisso São Jorge não tem dó: os grandes e desolados espaços, intercalados com a confusão apertada do movimento, o balanço a acompanhar o corpo, a arrastar-nos. Ouvem-se as correntes, sentimos um sabor pesado na boca. Não é apenas obrigatório como pedaço de história. Como sirene. Como exemplo de um ator que se apropria e deixa apropriar, no seu todo. É vital como filme, como uma magnífica estocada de cinema.
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