Há uma cena - para mim uma das mais incríveis e violentas cenas deste ano - em que vemos pai e filho, à distância, num parque de estacionamento. O mesmo plano, os mesmos metros, como se fossemos obrigados a assistir sem vidro mas com cinto. A estar longe mas dentro, impotentes. E nisso São Jorge não tem dó: os grandes e desolados espaços, intercalados com a confusão apertada do movimento, o balanço a acompanhar o corpo, a arrastar-nos. Ouvem-se as correntes, sentimos um sabor pesado na boca. Não é apenas obrigatório como pedaço de história. Como sirene. Como exemplo de um ator que se apropria e deixa apropriar, no seu todo. É vital como filme, como uma magnífica estocada de cinema.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
-
We can live like Jack and Sally if we want Where you can always find me And we'll have Halloween on Christmas And in the night, we'l...
-
Fim de tarde no podcast amigo Os Críticos Também se Abatem para falar de tudo, não em todo o lado nem ao mesmo tempo, mas com aquela tagare...
-
[SPOILERS] Opá sim, aquele abraço final de grupo resulta, e só por esse conforto o filme vence. Também é verdade que florescem ramos franca...
Sem comentários:
Enviar um comentário