O núcleo, aquela órbita tio-sobrinho, existe de facto, e consegue, a espaços criar impacto: como a cena do congelador ou quando Casey Affleck diz que simplesmente não consegue vencer. Não consegue passar por cima, por muito que reste. Pois são os restos que aqui vemos e este dois emprestam duas interpretações sóbrias, contidas, que trabalham muito bem juntas. O problema é que Manchester by the Sea não chega cá. Demasiado asséptico. Não desconcerta nem atinge, muito pela necessidade de justificar os vazios, de carregar a duração com ações a mais: temos de ter flashback X que justifica dor de cabeça Y ou temos de o ver a ir com o carro, a voltar com o carro, a ir com o carro novamente. Falta autonomia, cinismo e espaço. Um pouco de Alexander Payne. Falta deixarem-nos chegar à personagem, sentar e quem sabe, ver o mar com ela.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
-
no continente: um shampoo fructis anti-caspa, meia dúzia de víveres e o lord of war por 1,89€. * [ps (mais bizarro ainda): na compra de 2 ...
-
Dia Normal : acordas, vais para o trabalho, trabalhas, almoças, trabalhas, vais para casa, jantas e adormeces. Dia Michael Bay : acordas, va...
-
We can live like Jack and Sally if we want Where you can always find me And we'll have Halloween on Christmas And in the night, we'l...
Sem comentários:
Enviar um comentário