quarta-feira, 29 de junho de 2016
Ah e também tem fumo
Pensei: 12 euros o bilhete, pelo menos não deve ter publicidade. Pensei merda. Tinha e não era pouca. Aí fiquei logo assim do género, mau maria. Depois o empregado estava mega excitado e disse que íamos adorar, para nos agarrarmos à cadeira, que com aquele filme ia ser mesmo maluquice. E de facto, para quem já ia meio atrapalhado da garganta o 4dMaxSuperDTXY é uma loucura. Uma dúzia de turbinas de ar para cima de um gajo sempre que alguém pensava sequer em ir à rua, abana cadeira, wow, wow, cospem na cara, flash, flash, abana cadeira. Deviam era para além dos óculos oferecer também o Strepfen Mel e Limão. Não malta, não.
Rita Pavone pelo menos até ao final da semana
Nueve Reinas é aquela orgânica resposta para quase todas as questões da vida. Sem nunca se desmanchar em fórmulas ou soluções. Trapaças, no topo do ladrão engana ladrão, da mestria narrativa de uma corrida. Da cidade enquanto máquina viva, cenário, faz sempre o papel de enorme cenário onde os pequenos se tentam lembrar. Pequenos enormes atores, parelha inesquecível e ela irresistível. Onde se tentam lembrar da canção, como era mesmo, provocando e avisando: corta para negro e entra a música quando tudo termina, uma festa. Um dos meus finais.
terça-feira, 28 de junho de 2016
Enjooring
Primeiro irritam-me estas "obras primas" do Wan que são sempre o mesmo filme. É o Dead Silence mas noutra casa, com outro boneco ou assombração. E as pessoas deliram, pior, deliram porque dizem sentir medo. Pior ao quadrado: faz sequelas do que por si só já é sequela, conjuring, chochuring, pichiring, o insidioso, o cagalhoso, o amaricanoso, e não pára. Segundo e último, falando mais especificamente desta última incursão: parem de dizer que aquela merda é uma história real. Foda-se mas não há nada que regule o "baseado numa história verídica"? É que aqui bate no fundo e depois dispara que nem ejaculação inchada para o ridículo. É o mesmo que agora estrear "A Raposa e as Uvas" e dizer "a próxima história real baseada nos arquivos de La Fontaine.
Fãs de Game of Thrones falam de final indecifrável
Pois é. Muitos fãs de Game of Thrones, muitos mesmo, quantos? Sei lá, imaginem as filas para o painel do The Walking Dead na Comic Con mais o número de indivíduos que foi ao Rock in Rio ver a Ivete, das vezes todas que ela foi. É muita gente. Então, como eu estava a dizer muitos fãs estão desiludidos, chocados fodidos, com um final que apelidam de indecifrável. Isto porque, palavras de um dos fãs "a narrativa andou, aconteceram coisas, e isso não faz sentido nenhum numa série como esta", ou "durante seis anos somos habituados a finais que nada adiantam, que nos prometem mais 4 ou 5 temporadas de um genial nada e agora vemo-nos confrontados com a possibilidade de a história se mover". Isto tudo porque, para quem não viu, a Khaleesi deixou Palma de Maiorca com os navios todos possíveis de fazer em CGI num único plano e promete ir rebentar com aquela merda toda. A Cersei por outro lado mata metade do elenco e rebenta mesmo com aquela merda toda. Clap clap clap. E o segredo que toda a gente sabia do João das Neves é revelado. Ou seja, ou se põe a pau ou Game of Thrones poderá de facto ficar interessante.
sexta-feira, 24 de junho de 2016
Já vi e é espectacular
Primeiro, para os sensíveis da vista, e como eu sou ferrenho, vou me desbocar à grande à francesa. Daí, meus filhos, não viram, ou vão espreitar o Breshit ou estão por vossa conta. Então: tem personagens novas bacocas, uma loira jovem boa, uma morena semi cota boa, o Ian Malcom, um cão, um autocarro escolar, monges no Tibete a ouvir rádio, tribos africanas a ouvir rádio, tribos africanas que lutam com catanas, uma nave do tamanho do Atlântico, yeahhhhhs com fartura, continência ao Mr. President, mais yeahhhhs, alguns "we got her!", uma rainha que é um super rip-off do Aliens, mas que corre no deserto, um segundo grupo de alienígenas que são bons e que são tipo uma bola de bilhar, e um super final em aberto para o 3. Foda-se. Como é que um gajo pode dizer que não a esta merda? Claro que falta magia, claro que o potencial de toda a mitologia criada nestes 20 anos é um pouco colocada de parte e poderia/deveria ser o sumo da premissa. [Apareceu noutras plataformas mas deveria continuar aqui acima do carrossel.] Claro, mas vamos lá, é uma guerra intergaláctica, fiquei tão excitado que parecia aquele gaiato no final do Back to the Future 2. O Emericas sabe uns truques, um deles é voltar.
quarta-feira, 22 de junho de 2016
Não sou de comparações fáceis mas o outro é melhor
O novo filme do Bay é tipo o Cercados mas um bocado maior, e um bocado mais podre. Muito limpo naqueles habituais contra picados e com pouco nervo prático. Pão pão merda merda. Que no fundo é o que tem de se retratar em situações assim, de absoluta ausência de bom e mau, de razão. Mais secura, sempre mais secura.
Sempre em frente que o caminho é este
Jack Reacher foi dos policiais mais porreiros que vi nos últimos tempos. Suspeito do costume, numa intriga certinha e assertiva, a ação a levar-se a sério, com espaço para não o fazer. As deixas, e as reviravoltas. Não nos põe as orelhas grandes, como a maioria, daí a minha tristeza quando li - ou absorvi por osmose - que não existiriam sequelas. Depois voltei a encher o canudo, afinal sim, e cá está. Na linha do primeiro, da primazia de uma história em detrimento de uma cena. Mais disto, menos do impossível por favor.
segunda-feira, 20 de junho de 2016
Terraplanagem
Primeiro, talvez o maior desaproveitamento de possíveis tesões e outras surpresas com latex. Olivia Munn, esse todo de mau caminho reduzido a uns cameos mal apanhados e tal. Pouca mama, zero rabo. Enfim. Segundo e último, quando o plano do vilão principal é terraplanar o planeta, que nem empresa de reabilitação ambiental, e depois com o que o sobrar fazer qualquer merda, é porque existe algo de muito errado com o universo. Neste caso X-Men, que morre aqui às mãos de seu criador, do seu real impulso e alma. Ironia dos tempos, nem foi assim há tanto tempo. Mais ironia, e ainda goza, que as terceiras partes nunca prestam. Como se tivesse o dom. Não tem. Tem o mérito de ter feito a melhor sequela e a melhor em muitas outras coisas, X-Men 2 é inacreditável e melhorá sempre com o passar dos dias. Mas hoje vamos fechar, como os outros pampilhos dos avengers também deviam fechar, porque se vive de histórias boas em papel que viram mecanismos no celulóide, sem tempo nem ritmo. Esgotou-se, há muito, e ou existe coragem, ou então, as mesmas perguntas só nos levam ao desespero. E à bola preta.
quinta-feira, 16 de junho de 2016
Chantagem nalgal
O Pedro e o Carlos disseram-me hoje que só gravam a terceira temporada do Nas Nalgas do Mandarim se eu malhar o Libertem Willy 4 - Fuga da Baía do Pirata. Eles já viram, adoraram. Viram muitas vezes, adoraram todas e dizem que sem este saber presente nos três não conseguimos avançar. Dilema fodido este. No entretanto, enquanto se espera, vão ouvindo queridos, vão ouvindo.
Há mais de onde esta veio
Chama-se Andrea Riseborough. Uma das novas favoritas deste vosso. Ainda para mais rainha noutro deleite, Bloodline. Win, win.
Lembrem-se, lembrem-se
Atenção que eu gosto muito do Mike Banning, uma espécie de último reduto McClane, só de faca. Deixa certa, contra mil. Faz falta. A questão é que eu vinha no outro dia com o VHS ligado, no episódio do Speed, e percebi duas coisas: primeiro que me lembro deste 94 do início ao fim, e segundo que não me lembro pevas deste London Has Fallen que vi a semana passada. Há um problema crónico, e não é só da ação, é do mundo: incapacidade de construir. Não existem set-ups, nem grandes momentos, de A para B, segmentos, cenas , aquela cena, aquela! Já não conseguimos, cada vez mais perdidos em montagens condicionadas ou fogos de artifício sem valência, perdemos o ritmo, perdemos a memória. Ficamos reféns do vazio. Prisioneiros da saudade. E a seguir já escrevo um texto com palavrões que esta merda foi muito maricas.
quarta-feira, 15 de junho de 2016
Boo Bop BopBop Bop
Toda a gente a cascar no filme da gorda caça fantasmas e ninguém se digna a repudiar com afinco o remerdas do Pete´s Dragon. Eu já repudiei uma vez, mas vamos lá ser sinceros e justos: não podem ser sempre os mesmos não é? Volto a dizer, CGI pesado e o dragão é peludo. Não há faróis. E até ver, zero musiquetas.
sábado, 11 de junho de 2016
O Sean Connery também tentou, em tempos
A wikipédia também é humana. Estava eu a vasculhar os subgéneros do género thriller quando me deparo com um esquecimento grave. Há os thrillers da conspiração, os criminais, os psicológicos, os tecno-thrillers, os políticos e os eróticos. Isto diz ela.. Então e os "thrillers com o Anthony Hopkins"?! Estava a mamar o Solace e a pensar, este gajo é já uma subcategoria por defeito, ou seja, não sabemos bem porquê, sabemos que ele anda lá, em tempos foi qualquer coisa, hoje está mais velho, é sempre o mais inteligente e que aquilo é um "thriller com o Anthony Hopkins". Ponto.
Até ver
A dupla processou o pessoal, uma gaja da ioga, não tinha mamas ou sei lá. Não li a notícia toda e também gosto mais quando é assim meio boato, com tudo tremido, como se estivéssemos ainda a arrotar cerveja. Certo é que o novo de The Shallows é, até ver, o trailer do ano.
O pau dos 20 anos
Acordo de manhã e olho: então mas que pau é este? Junho não me costuma entesar deste modo. Enquanto desmonto a tenda chego à resposta. É que está a chegar o dia amigos, está a chegar.
sexta-feira, 3 de junho de 2016
Voar baixinho
La migliore offerta, passeriforme que voa baixinho, vindo sabe-se lá de onde, construído nos cafés, nas cervejas e nos conselhos. No boca a boca, como se estivesse escondido, a própria relíquia ou antiguidade, do outro lado da parede. Ela ou o quadro. Sendo a agitação dos dias a nossa prova de fogo, para a podermos ouvir e descobrir. Complexo, tão complexo como o próprio jogo a que se propõe: desmembrar um ser humano para construir uma máquina. Não é novo, por vezes demasiado comprido e previsível. Mas doces camaradas, tem um dos finais mais infinitos e inesquecíveis destes últimos anos.
Porque é que ninguém me avisou
Que havia o Linha do Tambor 2? Ainda por cima agora é com uma gaja. Foda-se.
Tirar os três?
Apesar da crítica, do público e do próprio Marcelo, considerarem Nas Nalgas do Mandarim a melhor merda de sempre, ainda não há confirmação por parte da produtora de uma renovação. Lembramos que a primeira temporada começou muito forte, com um share grande, tipo números mesmo grandes, mas depois a linha começou a baixar na faixa dos 45 aos 87, o que provocou alarido. A segunda temporada foi já alvo de algumas regravações que custaram uma fortuna ao estúdio. Os rumores de que eu tenho uma gaita maior que os outros dois também não ajudam. Por outro lado plataformas como a Netflix e canais como a HBO já se mostraram entesadas por aquele que é considerado por muitos como o "derradeiro e definitivo podcast de cinema". Vamos aguardar com calma e com alguns bonequitos de cera a arder.
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