Cloverfield sempre foi um caso raro. Especialmente porque resultou. O mistério pariu de facto um cavalo, e não um ratito. Algo robusto saiu de uma das mais engenhosas campanhas de marketing cinematográficas, percebendo bem cedo, o que era necessário para criar um mistério transmedia. Que nos superasse, antes, durante e depois. Para lembrar, e se me lembro: primeiro trailer, primeiras pistas, segundo trailer, no escuro, filme, o filme é do caraças e depois mais ovos da páscoa, mais surpresas naqueles locais para onde ninguém olhou. A sequela lá foi sendo anunciada e tal, mas nada de sólido: até hoje. Que nem sirene de emergência os paus voltam-se a erguer, do nada, tal é o poder de um bom segredo. Aparentemente nada os unia, senão o nome e o aparecimento meteórico, mas já se confirmou que são de facto primos. Estamos de volta malta, estamos de volta.
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