sábado, 15 de agosto de 2015

Todos nós

O João avisou, e bem. A Sofia chegou, e avisou também. Tanto, que: tenho de perceber o que se passa. Em boa hora. Bloodline é das melhores coisinhas que vão ver este ano. Primeiro porque é uma série que se fecha e arruma. Apesar da sua - inevitável - continuação, a temporada trabalha por si, para si. Em segundo, não engana ninguém: família, segredos, morte. Desde cedo isso, alertando para a importância, não da finalidade do nó, mas do processo, do passo a passo com que encaramos o mesmo. A complexidade do conjunto refém de "planos" episódios, de cicatrizes, chega a ser irónico. Terceiro, fotografia, planos afastados, mirones, como se apesar de família e personagens, eles fossem em última instância outros vizinhos, estranhos que jamais poderemos realmente perceber. Por último o melhor embate, de dois titãs da representação, desde Breaking Bad e Justified. Pele atrás de pele, no ambiente suado, gasto e desconfortável. O final só poderia ser à chuva, mesmo no calor é ela que lava todas as manchas. Ou as arrasta para outro lado. Altamente obrigatório.

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