Adoro quando o veredicto vem logo no topo. É menos uma viagem, em tempos de birra. Por isso, sejamos eficazes e coerentes com minhas preferências: Jurassic World é a sequela que Jurassic Park sempre mereceu. Lançado o chavão, quentinho para qualquer edição em DVD ou BluRay, eu não podia estar mais contente. Até já tenho a caderneta da Panini, e já colei os crominhos, e amanhã vou comprar mais. Filme, sim o filme: primeiros 20 minutos incríveis, num build up à velha aventura, com tudo no lugar ao tempo certo, onde os antigos acordes nos conduzem aos novos locais. E o refrão, momento em que se abre a janela. Foda-se, arrepio. Voltámos à ilha, finalmente. E finalmente, alguém que, como o Spielberg no original, sabe muito bem o que quer mostrar: não há curva despropositada ou ação em vão, as áreas estão delimitadas, definidas, oferecendo um aconchego. Alguém que sabe e alguém que desenhou um universo. Sem arcos paralelos ou pontapés de ginastas. Lindíssima e inteligente apresentação que se enrosca no enredo de um dinossauro novo, ainda pior que o resto da escória, que decide fugir e começar a limpar os pedantes. Duas parelhas consistentes - os manos e o casal truca truca - levam-nos nas novas peripécias sempre cruzando o passado. É neste detalhe que o filme vence: o enorme respeito pelo seu património. Sabe o que foi, o que representa, e ironicamente apresenta o seu valor, a velha T-shirt, a velha faixa, o velho jipe, os velhos óculos noturnos. Foda-se, arrepio de novo. Sabe também que não existe para competir com esse sonho, mas sim para dar continuidade ao mesmo. No final de contas, era o que o Hammond queria. Tirem então essas trombas de quem leva a competição muito a sério, ou deixem-nas no sítio, o Trevorrow está-se um bocado nas tintas. Passarada, muita gente comida, nova frase mítica - precisamos de mais dentes - e a melhor luta de dinos de toda a saga, sempre com um ainda maior a salvar o dia. Faz todo o sentido. E tudo se conclui no tema de Giacchino, uma melodia nova com 22 anos de idade.
quinta-feira, 11 de junho de 2015
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