Tenho um problema, quando se trata de rir. Sou complicado, não digo que pareço uma gaja porque aí ia parecer sexista, machista, la la la. Complexo e misterioso, como elas gostam, e lá está o porco do estereótipo de novo. Comédias puras, lá sai uma gargalhada, mas se for cruzamentos, ui, ainda pior. Então Housebound, que consegue encontrar um equilíbrio tão apurado, tão sossegado e pacífico, que chega a gritar milagre. Delicado na forma como mistura o caricato e o assustador, fazendo desta união o único sentido, linguagem universal. E resulta. Parece fácil, mas é tarefa monstruosa de um realizador empenhado e artesanal, de um conjunto de atores de topo - porra Morgana O´Reilly! - e de uma reinvenção do dicionário do fantasmagórico. Genialmente divertido, é uma das grandes surpresas cinematográficas de 2014.
terça-feira, 13 de janeiro de 2015
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