quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Críticos do Público dão uma estrela às nomeações dos Óscares

Tem mesmo de ser? Sim é melhor. E pronto, é um bocado como as notícias do calor em outubro com obesos na praia. Podem ser do ano passado que ninguém nota. Assim a lista dos ilustres, nas categorias enjoativas que a Academia gosta, oferecendo a fugaz ilusão de heterogeneidade. Filme verídico espeta secas sobre racismo, check. Filme de guerra mais ou menos inglês, check. Filme de guerra mesmo americano, check. Uma mente brilhante parte 2, um filme qualquer do atchim nharritu - não interessa nunca o que é - e uma obra de autor (sim eles importam-se muito), check, check, check. O filme que já ganhou, check. E o porquinho Babe, check.

Uma nota de espanto e outra de revolta. A primeira o facto de Boyhood ser um bom filme, coisa rara nas últimas trampas que têm levado o mastodonte. A segunda Whiplash ser o porquinho. Não merecia, tem pujança a mais para isso, para a pequenez fofinha da misericórdia. É seco, musicado até à exaustão, com as notas a bater obssessivamente, até sangrar. Outra vez, outra vez, outra vez. Mas pronto, calha a todos. É pôr bem alto e quando voltarmos já passou. 


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