Bem, este Godzilla, apesar de gordinho, é um badass do caraças. Viram o gajo a despachar cartucho com a cauda? Porra. Assim sim. No final ficam as metades. Por um lado o trabalho bipolar de Gareth Edwards a tentar que nem cão faminto oferecer o pequeno quando a sua casota era de facto um palácio. Há muito de Monsters, há muito dele: o nevoeiro, as cidades desertas, as máscaras, a respiração contida e a visão deficiente. Como na cena em que a porta se fecha para não deixar ver ou o salto de pára-quedas com um vislumbre fugaz da luta. Era aí que ele queria ter permanecido, no caos pessoal da sobrevivência, das tragédias na tragédia. No final de cada um e não de todos nós. E essas vontades são momentos de espectacular entretenimento. Mas depois há o estúdio e as corridas. As grandes cenas e grandes planos. Tudo bem explicado, desenhado e contado até à exaustão pateta de um bebé. Personagens de nada a correr, porque sim. Aqui a outra divisão, que se por um lado me agarro ao que disse, por outro, possuo a infantilidade de um Power Ranger, deliciado com a batatada de monstros e com a Olsen a fugir ridícula de tudo o quanto era prédio. Às vezes fico tão confuso.
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