"Isto não é um filme, é apenas uma sucessão de cenas", disse o meu irmão à saída. Depois empregou um palavrão, momento que já não cito porque a mãe no outro dia disse que eu ando cada vez mais malcriado. E assim, no misto de espanto negativo, lá se foi abandonando o sítio e prometendo nunca mais. Pois pois. Certo é que ninguém sabe muito bem o que se passou ali, num somatório de diálogos empertigados, de cariz obrigatório, colados a cuspo e suportados por um elenco que não sabe o que faz. Como tu Ridley Scott, que, como canta Toy, já não és tu. O conselheiro, título da obra, anda para lá de um lado para o outro, perdido e a tentar remediar alguma coisa. Mas numa linguagem disparatada e desconexa, que não permite qualquer tipo de feedback. Entrámos na sala mas não nos deixaram claramente entrar no filme.
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