Deixamos sempre passar mais tempo, depois do gostar muito. Depois vimos aqui com o cuidado porcelana, tentar explicar com as palavras compradas e polidas algo desenfreado e cheio de sangue. Não dá. Ou se ama, ou se detesta. É assim The Cabin in the Woods (e não podia ser de outra maneira). Ainda bem, ainda bem que nos partimos, ainda bem que discutimos.
Esta cabana, que veio sem grandes pretensões, consegue, de um momento para o outro, ser das coisinhas mais originais e portentosas que vi nos últimos tempos. Reinventa um género usando para isso todas as convenções clássicas do mesmo, e melhor, redesenhando-nos a nós, ao nosso papel no jogo. Os espectadores. Nunca sabemos bem o que nos espera, nunca. Subimos ao máximo, ao céu, que tudo vê. As personagens essas, são corpos, são papéis de gozo, ocos e gritantes, para que outros possam celebrar. Não foi sempre assim? Não é essa a história do grande entretém? É sim. E assim de fininho Drew Goddard oferece uma súmula que rebenta naquele final genial para nos dizer: e agora terror que vais fazer a seguir?
1 comentário:
My feelings exactly ;)
Nuno Rechena
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