Naquela coisa de domingo à noite na TVI, que mais parece um mau filme do Terry Gilliam, disseram que o Roger Rabbit era do Spielberg. Mais que uma vez.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Só não é a pior cerimónia de sempre porque para o ano há mais
Terminada a cerimónia, as migalhas são suspiros. Onde estão os Óscares? Onde estão os meus Óscares? Onde estão aqueles pequenos troféus que faziam o mais puto dos putos sonhar com a noitada? A minha noitada. Onde está a inocência da surpresa? A apneia do abrir de envelope, onde está? Onde está a noite? A minha noite. Fui eu que sonhei? Fui eu que vi pequeno algo que nunca foi grande? Acho que não, acho que foi o tempo. A erosão dos valores, da criatividade e da do entretenimento. Ou percepção do mesmo. Já não está lá nada: só ecos. Milionários a premiarem-se mutuamente, como disse Billy Crystal, umbigos que vivem tão isolados que já não sabem, não querem saber. Está tudo mal, não há ritmo, os números musicais não têm graça e as montagens são fracas. Sobra o circo, que poderia fazer sentido se estivéssemos, lá está, no circo.
Há uma altura em que Cameron Diaz e Jennifer Lopez se viram de costas, com os seus rabos enormes e falta de juventude, a fazer um ar sexy. Fora de tempo, fora de horas, fora de tudo. Os Óscares são isso: uma cerimónia rabuda que se julga sexy mas que em última instância já não faz qualquer tipo de sentido.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Agora sem pala
É uma espécie de Snake Plissken vai ao espaço, com Guy Pearce a liderar as tropas. Ou melhor, sozinho, de barba por fazer e de loura para salvar. O trailer tem tão bom aspecto que pedimos, saudosistas, por um mundo onde só exista bom sci-fi.
A prequela da prequela
Apesar do meu favorito ser o segundo capítulo, esta despedida é uma pequena chave de ouro. Sim, há aquele gostinho inevitável do "já chega". Mas surge também a agradável certeza de uma simpática trilogia de terror, que, sem tentar reinventar grande coisa, correu certinha, ao seu ritmo e vontade. Coisa rara nos dias que morrem.
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
A culpa não é dela
Primeiro custa porque é um Fincher, e um Fincher devia ser sempre um Fincher. Mas anda difícil, e ainda não foi desta. A domesticação entra mesmo nas casas mais blindadas e The Girl With the Dragon Tattoo é uma descarada prestação de serviços. Um desinspirado thriller, transcrição literal do livro. Letra por letra. O que é ainda mais inacreditável: em primeira instância porque uma adaptação deve ser sempre livre e ágil o suficiente para distinguir a prateleira da sala de cinema; e em segundo lugar porque já havia a versão sueca, ali, disponível, como guia do que resulta e não resulta. Mas não, pimba, zás, exactamente os mesmos erros, a mesma fragmentação narrativa e sonolência ritmica. Não magoa, não aleija, não faz nada. Devia dar aquele murro à The Silence of the Lambs mas acaba por dar aquela festinha à Red Dragon.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Do chocolate ao salmão
Cometi o erro de ver o trailer de Salmon Fishing in the Yemen. Quando me apercebi do nome Lasse Hallstrom já era tarde demais: mantinha, gelado de chocolate e choradeira de meia-noite.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Sequelas sem jeitinho nenhum (10)
Foi com bastante receio que escrevi a palavra "tremors" no imdb. Soube, por alto de algumas continuações, tadinhas, depois acho que eles começaram a voar e aí fiquei surdo. Ou assim quis ficar. Não se brinca com o Palpitações caraças, é o clássico de terror/domingo à tarde/boa onda da infância de toda a gente. E tem música catita, e diverte a rodos, sem medo de ser destrambelhado. Faz falta, essa vontade destemida. Claro que depois da pérola vieram os porcos, série B, Z, por aí fora. Sempre com a minhocada a ficar mais forte, ora andam ora voam. Houve série de televisão e tudo, e por último, o quarto capítulo da saga: uma prequela no tempo dos cowboys, que mesmo assim conseguiu manter a presença de Michael Gross. Chiça que o gajo é chato.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Dia dos Namorados
Acho que posso ir preso se disser, mais uma vez, o quanto venero este pequenino grande filme. Por isso fica só aqui a dica para aquele momento na floresta. De nada.
sábado, 11 de fevereiro de 2012
Uma marcianada de Nacho Vigalondo
Depois de Los Cronocrimenes este senhor até podia fazer o Rei Escorpião 4 que eu via. O novo trailer de Extraterrestre está aqui.
Payne sem dor
É o grande desgosto do ano. Em parte porque lhe falta isso mesmo: o desgosto. Payne sempre filmou sem medo da lama, com planos apertados da sujidade, a nós, a nós e ao nosso lado podre. Egoísta e sem educação. Ofereceu a solidão como ninguém, em prato cómico; baralhou as lágrimas e reconstruiu o desconforto. Filmou os falhados (Nicholson, Giamatti) sem nunca os salvar, filmou-os como eles são, falhados, hoje e sempre. É tudo isto que falta a The Descendants: filme linear e monótono, como as músicas havaianas que tão orgulhosamente toca. Clooney pára o carro e ameaça o puto pateta; não devia ser assim, ele devia parar o carro e agredi-lo, uma e outra vez, ou agredir alguém, devia rebentar, sujar as mãos. Mas Clooney não consegue descolar, talvez porque não faça ideia daquilo que está a falar.
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Legado pesado
Numa altura em que já só se pensa no legado, deixo aqui o final de The Bourne Ultimatum. Um dos meus favoritos. Aquele sorriso é algo que ainda hoje me surpreende.
Passo
Há um momento, no piloto de Smash, em que Debra Messing se queixa da falta de ideias. Da escassez do original, do vício criacional da reciclagem, mastigada e usada. Pois bem, não deixa de ser curioso, ser esse o grande mal da nova série da NBC. Uma espécie de musical que não é mais do que o Chicago conhece o Fame que é primo do Coyote Bar que por sua vez é cunhado do Showgirls. Nada de novo, nada de interessante, e para estar a ver duas boazonas a esgatafinhar por protagonismo fico com o clássico chunga do Verhoeven.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Rotunda do leitor
P) Caro Miguel, tive a oportunidade de assistir ao episódio piloto de Touch. Gostei bastante. E agora? O que faço? (Raquel Machadas)
R) Cara Raquel, antes de mais é muito importante manter a calma neste tipo de situações. Eu compreendo perfeitamente o pânico, Tim Kring fez muito mal ao espectador. Não é fácil voltar a confiar no homem que estragou a série com maior potencial da década. Ele volta agora com este Touch, que deve, em última instância ser encarado com algumas ressalvas. Sim a premissa é boa mas não nos podemos esquecer que o actor criança só não é irritante porque não fala. Sim é o regresso de Kiefer Sutherland mas não nos podemos esquecer que isso não é assim tão bom. Sim foi um piloto interessante mas não nos podemos esquecer que também o foi o de Flashforward.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
I still believe in heroes
I have an army.
We have a Hulk.
We have a Hulk.
Um trailer que termina com uma punchline deste gabarito merece, inevitavelmente, o meu eterno respeito. Dia 4 amigos, dia 4.
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
O irmão da Sookie vai andar de avião
Quando eu pensava que Leaving on a Jet Plane só dava para as despedidas do Ben Affleck e para o Tom Hanks a passear no aeroporto, eis que um filme de terror vem provar o contrário. É num avião e há bicharada. Ai ai.
Cuidado ao abrir
This is definitely sacrilege, but somehow it's also sort of magical. The internet, uh...finds a way. [F]
Dia da Marmota
Pior que esquecer o aniversário de um ente querido é esquecer que hoje é Dia da Marmota. Para o celebrar, mesmo ao cair do pano, deixo o link para um dos posts mais incríveis que já li sobre a matéria. Trata-se de uma estimativa, bem fundamentada, do tempo que Bill Murray passou preso naquele dia. Fanaticamente genial.
Not so serious awards 2011
Egotistical Director Award goes to Lars von Trier who got his very own "character" poster for Melancholia. Runner up goes to Hugo for referring to Martin Scorsese as "one of the most legendary directors of our time". Might be true, but sheesh...
O resto destes, sempre delirantes, prémios no lugar do costume.
O resto destes, sempre delirantes, prémios no lugar do costume.
Até ao Alasca se for preciso
Vou tentar ser claro: para mim, na minha certa e nem tanto modesta opinião, a Julianne Moore é a melhor, maior, mais e mais qualquer coisa que a torne enorme. Nunca ganhou um Oscar porque não sabe ser má. E agora sem aviso prévio faz-me querer saber coisas sobre a Sarah Palin. As sardas têm destas coisas.
Subscrever:
Mensagens (Atom)
-
We can live like Jack and Sally if we want Where you can always find me And we'll have Halloween on Christmas And in the night, we'l...
-
Fim de tarde no podcast amigo Os Críticos Também se Abatem para falar de tudo, não em todo o lado nem ao mesmo tempo, mas com aquela tagare...
-
[SPOILERS] Opá sim, aquele abraço final de grupo resulta, e só por esse conforto o filme vence. Também é verdade que florescem ramos franca...