terça-feira, 3 de agosto de 2010

Obrigado malta

O Andy cresceu. Nós crescemos. Acompanhámos lado a lado as conturbadas modificações do tempo, da barba. Somos homens mas o coração não cresceu. Bate sempre pequeno na inocência dos anos. Na velha infância, como cantavam os outros.

"Toy Story 3" tem sempre presente este tempo. Que passou mas não quer passar. A idade adulta que chega à eternidade congelada de um grupo de brinquedos. Os nossos, aqueles de sempre, que voltamos a reencontrar 15 anos depois.

Há algo de mais adulto ou somos nós e os nossos olhos mais enrugados?

Não sei. Na minha sessão, numa das minhas inúmeras gargalhadas, uma pequena criança perguntou ao pai porque é que eu estava a rir. Não sei qual foi a resposta, sei sim que esta obra prima não é para eles, ou melhor, ainda não é para eles. Tem muito pouco de infantil, de físico, de Dreamworks. Tem alma cheia de épico, de diálogos geniais. Piscadelas de olho ao velho cinema, das fugas elaboradas e das perseguições do velho oeste. Sem nunca esquecer os seus antecessores e tudo aquilo que eles construiram para que pudéssemos, hoje, chegar a este andar.

A Pixar ofereceu-me aquilo que eu nunca tinha tido: a possibilidade de crescer com uma saga.

Melhor trilogia de sempre?

Para mim, obviamente que sim.

Obrigado malta. Foi uma viagem inesquecível. Até sempre.


2 comentários:

djamb disse...

Fiquei com a mesmíssima impressão. A saga acompanhou-nos no tempo e envolveu-se de uma forma completamente inesperada. Adorei.

DiogoF. disse...

Um filme com grande simbolismo.