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"Toy Story 3" tem sempre presente este tempo. Que passou mas não quer passar. A idade adulta que chega à eternidade congelada de um grupo de brinquedos. Os nossos, aqueles de sempre, que voltamos a reencontrar 15 anos depois.
Há algo de mais adulto ou somos nós e os nossos olhos mais enrugados?
Não sei. Na minha sessão, numa das minhas inúmeras gargalhadas, uma pequena criança perguntou ao pai porque é que eu estava a rir. Não sei qual foi a resposta, sei sim que esta obra prima não é para eles, ou melhor, ainda não é para eles. Tem muito pouco de infantil, de físico, de Dreamworks. Tem alma cheia de épico, de diálogos geniais. Piscadelas de olho ao velho cinema, das fugas elaboradas e das perseguições do velho oeste. Sem nunca esquecer os seus antecessores e tudo aquilo que eles construiram para que pudéssemos, hoje, chegar a este andar.
A Pixar ofereceu-me aquilo que eu nunca tinha tido: a possibilidade de crescer com uma saga.
Melhor trilogia de sempre?
Para mim, obviamente que sim.
Obrigado malta. Foi uma viagem inesquecível. Até sempre.
2 comentários:
Fiquei com a mesmíssima impressão. A saga acompanhou-nos no tempo e envolveu-se de uma forma completamente inesperada. Adorei.
Um filme com grande simbolismo.
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