Pensando de um modo geral, e grosseiro, os Óscares são injustos. Às vezes acertam, muitas vezes não. Mas se algumas categorias passam por sapo magro - e são facilmente engolidas - outras fazem-me comichão até à ponta dos cabelos. E aquela que grita é a de Melhor Actriz, principal ou secundária. Sim a Halle Berry, sim a Cher. Lembram-se de novatas que se mascaram e esquecem-se das genuínas. Olhemos para Julianne Moore, uma das mais talentosas actrizes do panorama actual americano: em 1998 (Boogie Nights) perdeu a estatueta para a Kim Basinger, que pintou os lábios e pôs um bocadinho de base (L.A. Confidential); em 2000 não posso protestar, Hilary Swank é outro colosso; mas em 2003, nomeada nas duas categorias(Far from Heaven e The Hours) é ultrapassada por uma Catherine Zeta-Jones em lingerie (Chicago) e uma Nicole Kidman (The Hours) com um nariz novo. Por favor. Este ano, já nomeada para o Globo de Ouro de Melhor Actriz Secundária (A Single Man), pode ser que a sua estrada seja aquela que Kate Winslet calcorreou o ano passado.
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