domingo, 3 de janeiro de 2010

Chegamos ao novo ano sempre com expectativa, esperança que o terreno tenha mudado, tenha amolecido com os ventos da viragem. Cheira ao mesmo, é o mesmo, mais do mesmo, sempre o mesmo, rijo como um calhau, pronto para nos dar mais uma sova ou nos cegar na luz irrequieta do tempo. Sabemos tudo. Não sabemos nada. Sei lá eu. Nem quem vem ou o que vem. Acreditamos apenas, que aquela sala com os estofos azuis, estará ali, de portas abertas. Imponente na sua confiança, para nos lembrar que o cinema continua a ser o santo remédio, o outro lado, onde as luzes da nossa doença se apagam, e o sonho começa. Por muitos fracassos e desilusões, o cinema será sempre o porto seguro onde encosto a minha alma nos dias de chuva.

A todos vocês um bom 2010

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