É neste momento que os cépticos engolem um gordo e áspero sapo. Gritavam que parecia um videojogo, que o espectador nunca sairia verdadeiramente da cadeira. Um fracasso, apelavam. Pois bem a cadeira foi o último local onde o meu corpo assentou e a única palavra que sai é sucesso, um enorme e chorudo sucesso. Deslumbrante, arrebatador e fantástico, do princípio ao fim. Cameron cometeu novamente a proeza de nos levar para longe, de construir um universo e nos convidar gentilmente a viajar nele, com ele. Sem nunca nos largar, sem nunca esquecer a história. Os óculos são essenciais para uma experiência plena, para uma envolvência completa, de Pandora e do seu povo. As folhas tocam-nos na face, as cinzas queimam-nos o rosto. Se o argumento podia ser mais complexo e as personagens mais densas? Sim, claro. Qualquer pedra preciosa em bruto, em bruto do amor e da dedicação, tem as suas pequenas imperfeições, e não são elas que diminuem o seu valor. Fechamos a década com um filme que traz a magia de um cinema passado oferecendo a tecnologia de um cinema futuro. Inesquecível.
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4 comentários:
Engraçado é que é mesmo verdade.., tou farto de ler criticas e nunca mais ninguém disse que parece um videojogo... e isto nem nas piores criticas :)
Cameron é um entertainment
Ainda não tive oportunidade de ver o filme, mas queria fazer um pequeno reparo. A década não acaba este ano.
A década de 2000 acaba este ano. Compreende o período entre 2000-2009.
Vi ontem o filme. E desfrutei do início ao fim, uma experiência que me vai já sendo rara nos tempos actuais de cinematografia. Incrivelmente envolvente e emocionante.
Grande!
Abraço
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