A fé é uma espécie de elástico: pode encolher tanto que a perdemos ou esticar de tal modo que parte, e nos bate na cara. Castigando e lembrando que ela deve estar ali, firme como um bonito chapéu. House é a prova disso. Desde o final da quarta temporada que tínhamos entrado num deserto criativo, numa penosa jornada que nos ia enjoando em círculos e círculos, para no final nos deixar raivosos no sítio de partida. Chega, disse eu. Quem percebe destas andanças aconselhou mais uma oportunidade, mais um início de temporada, a sexta. 90 minutos intitulados de Broken. E ainda bem que assim foi. Este episódio não é um episódio de House, não é a rotina, não é o estranho caso médico. É apenas a luta de um homem contra a loucura, contra si mesmo. Extraordinariamente bem interpretado por Hugh Laurie, com secundários de luxo como Franka Potente, esta é uma pedrada no charco, um objecto que funciona independentemente de tudo o resto e que nos dá tudo para fazermos as pazes com a personagem. Se quisermos podemos ficar por aqui que já dormimos felizes. É uma lição, de como se faz televisão e de como se segue em frente naquela sintoma chamado vida.
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