sexta-feira, 27 de março de 2009
The woods are lovely, dark, and deep
And I have promises to keep.
Miles to go before I sleep.
Did you hear me, Butterfly?
Miles to go, before you sleep.
E assim terminou ontem o ciclo de cinema dedicado a Quentin Tarantino. Foi bom ver a casa cheia. Foi melhor ainda rever um percurso imaculado. E por mais que o tempo passe continua a saber a novo, a descoberta, a espanto inevitável de como é possível com tantas referências - cinematográficas e musicais - construir objectos 100% originais. É cinema, ponto. Dele, ponto. Que hoje faz 46 anos. Parabéns!
quinta-feira, 26 de março de 2009
quarta-feira, 25 de março de 2009
O esperado regresso do Sr. Jonze - parte II
O poster, sozinho, chegava bem para espetar as expectativas bem lá no alto. Agora, juntamos-lhe este trailer e subimos em direcção ao infinito. O Spike Jonze (ao som dos Arcade Fire) retira-me desta forma as palavras e deixa-me estendido no tapete. Até ver, este é o trailer do ano.
Voltar
É sempre a primeira vez, em cada regresso a casa, rever-te nessa altivez, de milhafre ferido na asa, dizia o outro. Se tem ou não razão, fica para depois, certo é que Woody Allen voltou a Nova Iorque e enquanto o trailer não chega podemos ver nada mais nada menos do que 44 imagens deste Whatever Works. Pelo que vemos quase que ouvimos, diálogos daqueles entre Larry David e Evan Rachel Wood. Para certificar a genialidade da dupla vamos ter de esperar mais uns mesitos.
Esse
Eu, esse, está vivo e viu o Estamos Vivos a 5 euros na Worten. O tempo, esse, é que anda morto, escondido nas tocas dos dias, arreliando qualquer e algum descanso. O Tarantino, esse, lá arrancou ontem, e se hoje me lembrava de quase todo o Pulp Fiction, ontem fiquei danado de já não ter comigo esta Commode Story. Bom demais para esquecer.
quarta-feira, 18 de março de 2009
Cá na terra
23 - Cães Danados
24 - Pulp Fiction
25 - Jackie Brown
26 - À Prova de Morte
Sentar numa mesita, beber um café ou uma bejeca - ou ambos - e ver a obra do mestre. O programa é este e arranca na próxima segunda-feira. Lá estaremos à vossa espera.
terça-feira, 17 de março de 2009
Take 13
segunda-feira, 16 de março de 2009
sábado, 14 de março de 2009
A máquina de lavar loiça
Rachel Getting Married é um dos melhores filmes do ano. Um pedaço real da orgânica familiar. Uma viagem crua ao universo de um lar fracturado e magoado, reunido em tempo de festa. A câmara é sublime, Hathaway um colosso – o Óscar era seu não fosse a dívida da Academia para com Kate Winslet. Para além da obra completa, e do restante elenco, temos a cena da competição da máquina de lavar loiça como fragmento histórico de cinema. Um momento tão sincero de vida que nos sentimos, simultaneamente, intrusos e incluídos, sem saber do que rimos ou sentimos. É a prova de que não é fácil retratar a vida e de que também são poucos os que sabem fazê-lo.
Alison Lohman
Parece que foi ontem que Ewan McGregor a pediu em casamento num campo de narcisos amarelos. Na verdade passaram 6 anos e Alison Lohman nunca mais voltou em definitivo. Até este ano que, para além de entrar no thriller de ficção científica Game, é protagonista do regresso de Sam Raimi às origens terroríficas, com Drag Me to Hell. Pelo trailer espera-se o terror puro duro do mestre, espera-se uma lição do tipo “é assim que se faz”. Seja qual for o resultado, o regresso desta belíssima senhora aos écrans é por si só uma vitória.
quinta-feira, 12 de março de 2009
quarta-feira, 11 de março de 2009
1995
terça-feira, 10 de março de 2009
O casal e o cão
Estava eu a passear na página da Empire quando reparo em Marley & Me. Não pelas duas estrelas da crítica mas sim pela descrição resumida, precisa e divertida da obra:
It's Revolutionary Road meets Beethoven.
E mais não digo.
segunda-feira, 9 de março de 2009
Watchmen
Vi-o de antemão (graças ao convite deste grande amigo – obrigado!), com direito a lugar e crachá do The Comedian. Depois foi folhear um sem número de opiniões que se sentam no meio-termo. Como elas lá transpiro igual euforia, resfriada por uma ou outra amargura.
A grande questão aqui é: até que ponto esta minha opinião (muito positiva) é influenciada pelo facto de ter lido anteriormente a novela gráfica de Alan Moore? Bem, acho que é até ao ponto em que não faço a mais pequena ideia. É difícil perceber o que um desconhecedor deste universo sente ou avalia perante aquilo que é contado. É impossível separar as águas e esquecer o background que levamos no bolso.
Posto isto vamos já para a casa de partida e é aí que o filme nos agarra como há muito uma obra não fazia. Se a inicial morte do The Comedian está incrível, com o Unforgettable a contrastar com uma acção dura e crua, o que se seguiu foi história: os créditos ao som de The Times They Are A-Changin' de Bob Dylan são dos pedaços introdutórios mais bem desenhados e poderosos que eu já vi. As imagens estáticas rompendo ao som dos flashes, evoluindo aos poucos para o movimento que conta a ascensão e declínio dos heróis. Nunca uma música foi luva tão perfeita de uma sequência. Fantástico. [Para os curiosos este início já está a correr por aí. Recomendo a quem viu a revisão incessante e a quem não viu que guarde o espectáculo para o grande écran]
Outro tiro vencedor foi a escolha dos actores. Num casting certeiro cada cara corresponde milimetricamente às agonias e dores das suas personagens: os dois períodos de Edward Blake (Jeffrey Dean Morgan), da guerra ao desespero; a divina calma Dr. Manhattan (Billy Crudup); a raiva destrutiva de Rorschach (Jackie Earle Haley) e a sua brutal cena na prisão, na qual ouvimos a frase mais emblemática de todo o filme; o cansaço e a saudade de Nite Owl(Patrick Wilson); as curvas amargas de Silk Spectre (Malin Akerman) e a superioridade arrogante de Ozimandias (Matthew Goode). Todos nos trazem as tristezas duma sociedade à beira do colapso, de um mundo que já não os quer.
Com um elenco perfeito, temos direito ainda a cenas de acção portentosas e brutais. Em especial o resgate de Rorschach da prisão. Todas elas com sangue, fracturas expostas e tripas com fartura. Já tinha saudades dum filme sujo e sangrento, sem as pressões da venda e do lucro. Também há anos que já não via uma (boa) cena de sexo no cinema e, ao som da música, é mesmo caso para gritar aleluia!
O que falta então a esta adaptação? A nível de fidelidade com a obra em questão, esquecendo o final, absolutamente nada. Cada cena é um quadradinho, retratado ao mais ínfimo pormenor, respeitando a ordem e montagem da acção. Tiveram claro de existir cortes que nada complicam pois para o DVD está já prometido um gordo Director's Cut! Sentimos porém a necessidade de uma assinatura mais vincada por parte de Zack Snyder, de algo que faça o filme irremediavelmente seu. Era preciso um desenho mais próprio que desse coesão à narrativa, uma escolha de um fio condutor que cimentasse todas as histórias paralelas que nos vão sendo apresentadas a espaços.
São estes pequenos defeitos que não deixam Watchmen ser uma obra de cinema completa. Fica a faltar uma estrela, mas no meio daquilo que já foi alcançado isso não interessa muito.
(+) O inesquecível começo.
(-) Falta alguma coesão a todo o conjunto.
A grande questão aqui é: até que ponto esta minha opinião (muito positiva) é influenciada pelo facto de ter lido anteriormente a novela gráfica de Alan Moore? Bem, acho que é até ao ponto em que não faço a mais pequena ideia. É difícil perceber o que um desconhecedor deste universo sente ou avalia perante aquilo que é contado. É impossível separar as águas e esquecer o background que levamos no bolso.
Posto isto vamos já para a casa de partida e é aí que o filme nos agarra como há muito uma obra não fazia. Se a inicial morte do The Comedian está incrível, com o Unforgettable a contrastar com uma acção dura e crua, o que se seguiu foi história: os créditos ao som de The Times They Are A-Changin' de Bob Dylan são dos pedaços introdutórios mais bem desenhados e poderosos que eu já vi. As imagens estáticas rompendo ao som dos flashes, evoluindo aos poucos para o movimento que conta a ascensão e declínio dos heróis. Nunca uma música foi luva tão perfeita de uma sequência. Fantástico. [Para os curiosos este início já está a correr por aí. Recomendo a quem viu a revisão incessante e a quem não viu que guarde o espectáculo para o grande écran]
Outro tiro vencedor foi a escolha dos actores. Num casting certeiro cada cara corresponde milimetricamente às agonias e dores das suas personagens: os dois períodos de Edward Blake (Jeffrey Dean Morgan), da guerra ao desespero; a divina calma Dr. Manhattan (Billy Crudup); a raiva destrutiva de Rorschach (Jackie Earle Haley) e a sua brutal cena na prisão, na qual ouvimos a frase mais emblemática de todo o filme; o cansaço e a saudade de Nite Owl(Patrick Wilson); as curvas amargas de Silk Spectre (Malin Akerman) e a superioridade arrogante de Ozimandias (Matthew Goode). Todos nos trazem as tristezas duma sociedade à beira do colapso, de um mundo que já não os quer.
Com um elenco perfeito, temos direito ainda a cenas de acção portentosas e brutais. Em especial o resgate de Rorschach da prisão. Todas elas com sangue, fracturas expostas e tripas com fartura. Já tinha saudades dum filme sujo e sangrento, sem as pressões da venda e do lucro. Também há anos que já não via uma (boa) cena de sexo no cinema e, ao som da música, é mesmo caso para gritar aleluia!
O que falta então a esta adaptação? A nível de fidelidade com a obra em questão, esquecendo o final, absolutamente nada. Cada cena é um quadradinho, retratado ao mais ínfimo pormenor, respeitando a ordem e montagem da acção. Tiveram claro de existir cortes que nada complicam pois para o DVD está já prometido um gordo Director's Cut! Sentimos porém a necessidade de uma assinatura mais vincada por parte de Zack Snyder, de algo que faça o filme irremediavelmente seu. Era preciso um desenho mais próprio que desse coesão à narrativa, uma escolha de um fio condutor que cimentasse todas as histórias paralelas que nos vão sendo apresentadas a espaços.
São estes pequenos defeitos que não deixam Watchmen ser uma obra de cinema completa. Fica a faltar uma estrela, mas no meio daquilo que já foi alcançado isso não interessa muito.
(+) O inesquecível começo.
(-) Falta alguma coesão a todo o conjunto.
I love The Smiths
Com este trailer 500 Days of Summer assume o estatuto de filme-favorito-que-ainda-não-vi. Parece ter tudo no sítio certo e, mais incrível que isso, parece ter Zooey Deschanel como boa actriz. Ansioso.
domingo, 8 de março de 2009
Tu por aqui Jennifer?
Só depois de ver o novo trailer de Star Trek é que descobri que a Dr.ª Cameron (Jennifer Morrison) é a mãe do James Tiberius Kirk. Apesar de me parecer que o tempo de antena da senhora será idêntico ao do House, que num dia bom chega aos 3 minutos, este é mais um pretexto para continuar a falar nela e acreditar na sua merecida ascensão.
segunda-feira, 2 de março de 2009
Cinema
Danny Boyle, numa destas interessantes conversas, descreve The Wrestler como "cinema físico". Fala do travelling de acompanhamento, das costas que revelam a respiração cansada , das articulações e dos fantasmas de um ser gasto. Concordo. Mas não é só cinema físico, é cinema raro e precioso, com pormenores tão apurados que apetece rebobinar e voltar a ver [Ele pára. Ouvimos a multidão. Ele entra no supermercado. Voltamos ao som ambiente]. The Wrestler é, até ao momento, o melhor filme do ano, com um dos melhores finais desta década [Triste,cru e inspirador]. Queria escrever mais, mas quando caímos de amor por um filme, tudo o que queremos dizer...nunca chega.
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