domingo, 1 de junho de 2008

Até 2009


Olhando para trás, tenho a noção de que todas as tentativas e experiências feitas nas três temporadas anteriores, todos os momentos falhados e personagens sem sal, serviram para apurar um produto agora muito perto da perfeição. Andaram ali à procura, percebendo o que funciona e o que pode ser deixado para trás, descobriram o que realmente queríamos e deram-nos então a 4ª série de Lost, a melhor até ao momento.

Cheia de ritmo e com um novo mecanismo narrativo (o flashforward) conta uma história dentro da história, começa com o objectivo de nos mostrar como os Oceanic 6 sairam da ilha e é isso que a conclusão nos dá, fechando assim os 14 episódios num problema resolvido, quase autónomo, e com momentos absolutamente fantásticos (aqui está uma lista dos 15 melhores estando a liderar o telefonema do Desmond, sem dúvida um dos meus favoritos). Nunca Lost foi tão eficaz e cativante, elevando contantemente a parada e mudando as regras do jogo. E é por isso que é uma das melhores séries de televisão dos últimos anos (talvez de sempre), porque tem a coragem de arriscar, de renovar e de nos dar um final como o de quinta-feira, que nos dá uma certeza para a quinta temporada: que não temos certeza nenhuma do que aí vem.

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