Mais que um entretenimento duradouro as séries constituem um veículo para a criação de personagens. Uma fábrica de homens e mulheres, jovens ou velhos, fortes ou fracos. No vasto território de uma ou várias temporadas, temos o tempo certo para explorar e criar carismas , de evoluir à medida que os episódios caem, de moldar o nosso boneco com as vontades do público e de o tornar irremediavelmente mais real. Uma boa série cria uma relação de mutualismo, quase eterno, com as suas personagens, reflectindo a sua saúde e vitalidade. Enquanto o coração do protagonista agradar e não cansar, a série vive. Assim, vou falar de algumas personagens que considero verdadeiras peças de arte, umas mais valiosas que outras, e está aberto o leilão.
O CSI foi uma lufada de ar fresco no sistema do Who did it?. Aliando a ciência ao estilo, a polícia à modernidade tecnológica, rapidamente se tornou um fenómeno de massas e um entretenimento de alta qualidade. Vários factores contribuíram para o seu sucesso, mas a meu ver, a chave de todo processo tem apenas um nome: Gil Grissom. Ele foi o primeiro CSI, o líder original do esquadrão de Las Vegas. Por detrás de um espantoso trabalho do actor William Petersen, está um investigador genial, daqueles homens brilhantes com resposta para tudo, que nos fascina com as suas tiradas iniciais antes do genérico, sempre a questão certa a anteceder a canção dos The Who.Qualquer jovem embrulhado nos livros sonha um dia aliar de forma tão prática o estudo à vida e ser detentor de todas as soluções e respostas. É um homem da ciência, daqueles que nasceu para aquilo, tão sedento em saber mais como em ir para o terreno carregando às costas a confiança de um grupo. Foi o pontapé de saída perfeito que posteriormente originou filiais em Miami e Nova Iorque. Não tirando o mérito a Horatio Cane e a Mac Taylor , que à imagem da sua cidade conseguiram também construir excelentes séries, Grissom é o verdadeiro. A grande razão para tudo estar como está.
1 comentário:
É basicamente, o maior.Nem nas duas vezes que se apaixonou (Sara e Lady Heather) deixou de ser racional.
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