O cenário é Rwanda em plena guerra civil. Ano de desgraça de 1994. A guerra cujos massacres viriam a causar um milhão de mortos e milhões de refugiados. A história é verídica. A angústia, ainda mais. Don Cheadle, gerente de um hotel e salvador de centenas de pessoas de ambos os lados da batalha, simboliza todo um povo entregue à sua (má) sorte. Este é o momento em que as tropas da ONU abandonam o país. Os estrangeiros são postos a salvo, os nativos abandonados e com data marcada para a morte. Chove. A chuva é o pormenor mais irrelevante no meio do ódio racial, da impotência e da desilusão. Os brancos fogem. Os pretos morrem. Tão cru quanto real. Porém, a chuva agudiza o inferno à espreita daqueles que ficam e serve como meio para a expiação possível dos pecados daqueles que fogem.
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
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2 comentários:
A minha escolha para o Óscar, se bem se lembram (ainda o acho melhor que o crash, se queres que o diga)
então não lembro. a tua escolha era o don cheadle, numa audaz aposta contra o jamie foxx.
quanto a melhor filme, sim é melhor do que crash, mas:
a) o hotel rwanda não foi nomeado para melhor filme.
b) o hotel rwanda foi aos óscares em 2005 e o crash em 2006.
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