quinta-feira, 31 de março de 2011

Curta do dia

Chama-se Inside e tem como protagonista Jeremy Sisto. Bem ambientada e habilmente montada, é a história que faltava para este último dia de Março. A não perder, aqui.


[Obrigado pela dica Rodrigues!]

quarta-feira, 30 de março de 2011

segunda-feira, 28 de março de 2011

domingo, 27 de março de 2011

Senhoras e senhores, a nova Lois Lane

Eu sou daqueles, poucos, que adorou Superman Returns. De uma ponta à outra. Mas as minorias perdem e agora só se fala na reinvenção de Zack Snyder. E o que vai aparecendo vai apagando aos poucos a revolta e fazendo com que um pequeno jardim de empatia vá florescendo. Actor "desconhecido" no papel principal, Kevin Costner lá pelo meio, e agora Amy Adams. Ela vai ser uma das primeiras damas de super-heróis mais conhecidas de sempre. O seu nome é Lois Lane.

Tinha eu 6 anos

Acho que ao ouvir esta música viajei mais, no tempo e no espaço, do que se tivesse na mão um daqueles bilhetes volta ao mundo.

sábado, 26 de março de 2011

Resident Evil de capa e espada

Mas quantas vezes vamos ter nós que ler em trailers: para cada lenda há um novo início. Eu sei, são os três, outra vez, mas ao menos podiam ter variado a frase, não custava nada.

Lá está

Não é a melhor notícia do dia. É a melhor notícia do mês. Depois de muito receio e de iguais doses de preocupação Fringe é renovada para uma quarta temporada de 22 episódios. A Fox, especialista em decisões idiotas e inconsistentes, conseguiu (miraculosamente) perceber que tem em mãos uma das melhores séries da actualidade, com uma saúde e ritmo invejáveis. Não podia acabar, simplesmente não podia. E lá está, não acabou.

segunda-feira, 21 de março de 2011

The train is coming

No outro dia deu o Money Train, um clássico dos tempos em que eu recortava os posters, a preto e branco, que saíam nos jornais. Ai que saudade.

Dia da Árvore

Tim: [after climbing down the tree to escape the falling car] I hate trees!
Lex: They don't bother me.
Tim: Oh yeah? Well, you weren't in the last one!

sábado, 19 de março de 2011

Como vender um filme

Dia do Pai

Confesso que o vi tarde. Tarde para quem se amarra sem amarras a esta arte. Mas há sempre tempo, para preencher e corrigir, há sempre tempo para render qualquer exército e cair rendido perante uma obra sem falhas. A cena final é para mim, a melhor cena da história do cinema. E fecha-se a porta.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Bom fim-de-semana

O regresso de uma princesa

Tinha perdido a fé por alturas da Mulan. Ela, a fé, foi canalizada para a Pixar, única e somente para os génios do pequeno candeeiro. A tradição continuou, mas o pincel não era o mesmo, o traço tinha-se perdido. E não é que então a velha história da Rapunzel consegue fazer de novo magia. Tangled pega num conto clássico e adapta-o à sua vontade, com as suas regras, com uma frescura e humor invulgares. Há uma harmonia incrível entre o tradicional e o moderno, há a noção plena de que se evoluiu e de que o modo de contar tem de evoluir também. É a aventura à antiga que os dias de hoje andavam a precisar.

De luto

Darren Aronofsky já não vai realizar o novo filme do Wolverine. Eu ao início achei o casamento estranho mas agora já estava com a fé bizarra de algo totalmente novo. Morreu antes de existir. Um dia vão aparecer imagens com a legenda: teria sido assim. Como o Super-Homem do Tim Burton, que nunca foi.

terça-feira, 15 de março de 2011

Uma foto um filme (VII)

O desafio consiste em agarrar numa foto tirada por nós, deixá-la aqui - em vossas casas - e perguntar a quem lê: que filme a imagem vos faz lembrar? Pede-se apenas o nome, sem porquês nem quês. A minha fotografia é esta. Aguardo pela vossas.

Pergunta dolorosa

Como é que se destrói um ícone de infância? Assim.

Será?

O trailer de Super 8 não conta história nova, mas caraças, consegue em poucos minutos levar-nos atrás, ao tempo em que as aventuras ainda eram aventuras, em que bastava um mapa para se partir à descoberta, em que bastavam poucos para fazer tudo. E Abrams consegue não contar nada, fazendo com que nós voltemos aquele tempo, que voltemos a acreditar. Esperança no máximo, até Junho.

domingo, 13 de março de 2011

sexta-feira, 11 de março de 2011

Nova década, novo acordo ortográfico

2 é bom, 3 é melhor (III)

Se em 2010 o estatuto de grande evento foi disputado entre “The Walking Dead” e “Boardwalk Empire”, em 2011 parece não existir grande margem para dúvidas: “Game of Thrones” é o acontecimento televisivo do ano. A adaptação da obra de George R. R. Martin está a criar enorme expectativa. A euforia é quase tão elevada como a que assistimos na conversão cinematográfica dos livros de Tolkien. Aliás, se agarrarmos no livro “A Guerra dos Tronos” lemos no seu verso que “é a mais importante obra de fantasia desde que Bilbo encontrou o Anel.” A referência da capa também não deixa a coisa a meio: “a melhor fantasia dos últimos 50 anos.”
São “As Crónicas de Gelo e Fogo” (“A Song of Ice and Fire”), saga com quatro volumes editados na sua língua materna e com outros três por editar - em Portugal cada um destes volumes divide-se em dois. O primeiro livro remonta a 1996 e é aquele que dá então o nome à série da HBO. O autor da obra acompanhou todo o processo e é co-produtor executivo. Nas primeiras imagens, é o próprio que nos põe a par da história: uma luta pelo Trono de Ferro no longínquo reino de Westeros. O conflito estende-se desde o sul, onde o calor incendeia intrigas, enredos e luxúria, até às vastas e selvagens terras orientais, terminando no norte gelado, onde uma enorme muralha de gelo protege o reino das forças negras que atrás dela se escondem.
D. B. Weiss, produtor executivo e argumentista, garante que esta não é uma história de boas pessoas. É sim um conto onde cada um persegue os seus próprios interesses, o seu próprio código, e sobre o modo como estes entram em conflito. Algo muito mais interessante do que o simples bem contra o mal, a escuridão contra a luz. Uma estrada sinuosa e complexa, que apaixonou fãs por esse mundo fora e agora, que ganha nova vida, promete fazer muitos mais. E as primeiras imagens são um primeiro suspiro de alívio: belíssimas paisagens, tricotadas por cenários incríveis, condimentados com um elenco promissor. Nomes como Sean Bean (“O Senhor dos Anéis - A Irmandade do Anel”), Mark Addy (“Ou Tudo ou Nada”), Lena Headey (“300”) ou Peter Dinklage (“A Estação”) compõe a vasta lista de rostos que irá dar vida à trama. A HBO é um selo quase infalível de qualidade. Produtos como “Sete Palmos de Terra”, “Os Sopranos” ou “A Escuta” são a prova de que esta é uma casa onde se faz história. Se juntarmos a isto uma das fantasias mais aclamadas dos últimos anos, obtemos sem dúvida um caso sério, de expectativa e de inevitável sucesso. O trailer diz que o Inverno está a chegar. Mas agora só se pensa é na Primavera. “Game of Thrones” tem estreia americana agendada para 17 de Abril.
[Terceira parte do artigo publicado na Take 26]

terça-feira, 8 de março de 2011

Dia Internacional da Mulher

Não sei se já viram o Shut Up & Sing. Sei que já falei dele aqui, algures, nessa lista de devaneios passados. Hoje, a assinalar a data, trago-o de volta, trago-as a elas, Dixie Chicks: bonitas e talentosas mas acima de tudo exemplos de força. A cena final, em que repetem precisamente a frase que as crucificou, é divinal.

segunda-feira, 7 de março de 2011

O bonito que queria ser feio

Tenho um enorme problema com Iñárritu. Ele bem esbraceja, bem tenta acertar-me com os seus socos: no estômago, na cara, na alma, mas nada, saem todos ao lado. Reconheço o esforço mas também acho que é ele, o esforço, que tira a força e credibilidade necessária às suas histórias. Um filme que é feito para magoar nem sempre magoa. E Biutiful arrasta-se nessa vontade, preso por um papelaço incontestável. Reconhecemos toda a parte cénica do desconforto mas falta ele vir até aqui, revirar-nos a barriga e tirar-nos o sono. Como faz tão bem, e de forma muito mais espontânea, Alexander Payne.

Muito jogo e pouca luta

Tanto dinheiro, tanto aparato, e no fim sai um filme chato. Sim porque TRON: Legacy é, acima de tudo, um filme chato. Arranca com alguma vontade, tem um ou dois picos de excentricidade, mas depois enterra-se na sua própria premissa: a de videojogo. Salva-se uma Olivia Wilde em roupa justinha. E é sempre curioso constantar que o poster conta o fim do filme, adoro.

sábado, 5 de março de 2011

It´s inner city vs. outer space

Dia 5

Continua a ser das minhas ficções científicas de eleição e aquela cena da ópera, continua aqui tão presente, como no dia em que a vi no cinema.

Cinco filmes, cinco cidades

2 é bom, 3 é melhor (II)

Todos conhecemos Neil Jordan, o realizador irlandês de filmes como “Jogo de Lágrimas” ou “Entrevista com o Vampiro”. E, todos conhecemos Mario Puzo, o escritor americano autor de grandes ficções sobre a máfia siciliana. O que une então o cineasta ao artesão das letras? Uma única família: os Borgia. Para além de uma obra inteiramente dedicada a ela (“A Família”), Jordan garante ainda que Puzo baseou o seu “O Padrinho” neste apelido. É um regresso a casa, remata.
Regressamos assim a Roma, mais precisamente a 1492, e ao momento em que o patriarca da família, Rodrigo Borgia (Jeremy Irons) se torna Papa, mais concretamente Alexandre IV. Esta ascensão faz com que ele, juntamente com os seus dois filhos, Cesare(François Arnaud) e Juan(David Oaks), e a sua bonita filha Lucrezia(Holly Grainger), se tornem na família mais poderosa e influente da Itália renascentista. Os Borgia ficaram conhecidos como a primeira grande família de crime e já foram retratados inúmeras vezes em séries, filmes e livros. Pois bem, agora é a vez do canal de televisão Showtime nos contar a sua versão da história. Para isso faz-se valer de dois veteranos: o galardoado Neil Jordan, criador, produtor executivo e realizador dos dois primeiros episódios, e Michael Hirst, produtor executivo e argumentista de “Os Tudors”, que aqui assume as mesma funções.
A série pretende ser um substituto natural do reinado de Henrique VIII, que chegou ao fim em 2010. Desta forma promete seguir a mesma linha do seu antecessor: sexo, traição e morte. E com o nome da Igreja Católica lá no meio podemos muito acrescentar a palavra “polémica” a esta explosiva mistura. O trailer não desilude, mostra uma incrível reconstituição histórica – guarda-roupa e cenários – perfurada por interpretações aguerridas. A liderar o elenco temos o incontornável Jeremy Irons, que promete fazer deste seu Rodrigo Borgia um pedaço de história televisiva. A acompanhá-lo está um conjunto de jovens promissores que depressa passarão a talentos confirmados.
Sem data marcada de estreia, “The Borgias” é uma das séries mais aguardadas do ano e tem todos os ingredientes para vingar. Foi criado por um canal de televisão audaz, está assente em bases históricas e promete conjugar o aroma mafioso no seio da Igreja Católica. Para além disto tem o chamado protagonista de luxo. Impossível pedir melhor.

[2ª parte do artigo publicado na Take 26]

sexta-feira, 4 de março de 2011

O mistério da gargalhada

O Jackass 3D é de um mau gosto extremo. Asqueroso, nojento e brejeiro. Primário, oco e animal. Tirando isso, já não me ria e divertia assim há uns valentes meses. Venha o quarto.

Filmes com pausa

Não aquela pausa, do estilo, mas sim mesmo o botão, do comando. A lista dos filmes mais pausados está aqui.

Fez cara estranha

Chamo a atenção para os dois trailers mais WTF que vi esta semana. O primeiro é o de Kaboom, o novo filme de Greg Araki, realizador do díficil Mysterious Skin. Não percebo bem se é Donnie Darko, se é The Rules of the Attraction, sé é os dois, se não é nenhum. O segundo, chama-se Detention, a mais recente película de Joseph Kahn, autor de uma das maiores comédias da década passada: Torque. Aqui não se sabe se é risota, drama ou terror. Não se sabe mesmo. É caso para esperar, nas pulguinhas da estranheza.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Depois de Laura Palmer

The Killing, a nova série da AMC, estreia dia 3 de Abril com aquelas que prometem ser as duas horas mais interessantes destes próximos meses. Porquê? Porque tem um mistério à la Twin Peaks, um casal de protagonistas com aquela estranheza bonita e o melhor pano de fundo para a chuva cinzenta: Seattle. [Sim porque em Seattle não existem só médicos com as hormonas aos saltos]

Enquanto não chegam as águas mil, a sede pode ser saciada com o trailer.

terça-feira, 1 de março de 2011

A matança da dança

A banda sonora de Hanna, o novo filme de Joe Wright, está a cargo dos The Chemical Brothers. E esta música é o que chamo de "ganda som".

Na parede

2 é bom, 3 é melhor (I)

Todos os anos estreiam. Todos os anos acabam. É a ordem natural das coisas, fecham-se ciclos terminam-se viagens. Aqueles rostos, que nos acompanhavam há anos, decidem dizer adeus, de forma mais ou menos planeada, de dor mais ou menos preparada. E se todos os anos a história é a mesma, 2010 presenteou-nos com tudo, desde despedidas históricas, como “Perdidos” ou “24”, até desaparecimentos precoces, como “Lone Star”, passando por sentenças mal amadas, como “Rubicon” e “Terriers”. Tudo para todos os gostos e tristezas. Mas está na hora de enxaguar as lágrimas e, como dito no início, se há uns que findam outros começam! 2011 é pródigo em começos promissores e, como é este o número de ordem, a Take decidiu reunir as três estreias televisivas mais interessantes da primeira metade deste novo ano. Peguem nas vossas espadas ou nos vossos terços. Batalhem ou rezem. Decidam ou conspirem. De uma forma ou de outra o mundo vai ser outro, para trás na história ou para lá na fantasia.

Não vamos enumerar todos os filmes e séries de televisão que contaram a lenda do Rei Artur e dos Cavaleiros da Távola Redonda. São dezenas, das mais variadas formas, das mais distantes décadas e com os mais distintos nomes. Personagens como Merlin, Guinevere ou Lancelot foram presença constante ao longo da nossa história, das nossas próprias guerras e aventuras. E quando pensamos que acabou, que não há mais, que fechou, alguém volta ao caldeirão e tira de lá um novo olhar. Foi isso que a canal americano de televisão Starz fez, ao pegar na obra de Thomas Malory, “Le Morte d’Arthur”, e transformá-la livremente em “Camelot”, a série medieval que promete fazer as delícias dos fãs, da lenda e do género. Esquece tudo o que pensas que sabes, dizem eles, garantindo logo de seguida que esta história de Camelot nunca foi antes contada.

E ela, a história, inicia-se com a morte do Rei Uther e o consequente caos de um reino sem líder. Merlin, o feiticeiro, ao ter visões de um futuro negro decide declarar o jovem Artur, filho ilegítimo de Uther, como rei. Porém a sua maléfica meia-irmã não aceita de ânimo leve esta tomada de posse e, utilizando forças sobrenaturais, inicia uma batalha épica pelo controlo absoluto. No meio de toda esta escuridão, Guinevere surge como a única luz no mundo Artur, que se irá ver confrontado com difíceis decisões morais e o desafio maior de unir um reino partido.

No primeiro olhar, já disponível, podemos constatar que o assunto é sério. Jamie Campbell Bower (Artur) diz que uma nova lenda foi criada e Tasmin Egerton (Guinevere) assenta todos os pontos fortes da série: sexo, violência, humor. Amor, luxúria. Claire Forlani (Rainha Igraine) acrescenta mais, afirmando que é escuro e brutal. Real, as personagens não são apenas figuras míticas, são verdadeiros seres humanos com emoções conflituosas e paixões, remata Eva Green (Morgana). Chris Chibnall, criador e produtor executivo, promete que vamos ver a espada na rocha, mas que não é nenhuma rocha que tenhamos visto antes, promete que vamos ver a Senhora do Lago, mas que não é nenhum lago que tenhamos visto antes, promete que vamos ver Artur e os seus Cavaleiros e por fim promete que iremos ver o início da Távola Redonda.

A produção executiva está a cargo de nomes como Michael Hirst, James Flynn ou Morgan O'Sullivan, responsáveis por séries como “Os Tudors” e o muito aguardado “The Borgias” (já lá vamos!). Estão pedidos dez episódios para esta primeira temporada, que irá ter o seu arranque americano a 1 de Abril. Porém, para aguçar o apetite, o canal transmitiu o episódio piloto dia 25 de Fevereiro.

[1ª parte do artigo publicado na Take 26]

Mas nem tudo foi mau